Publicado em 30/08/2024 às 06h15

 

Por Antonio Rocha.

CONHEÇA E VALORIZE OS NOSSOS ESCRITORES

Felizes são aqueles que agem como o bom camponês em tempos de boa colheita. E que, agradecidos pelos frutos, dão graças pela santa semeadura. Eis o tempo de celebração… Celebração do emergir de uma nova e significativa safra literária, que pede passagem pra ser abraçada e acolhida pelos correntinenses, e por todos que vivem em suas terras.

Escritor Hélverton Baiano.

Sim, são tempos fecundos e, mesmo que alguns ainda permaneçam no submundo do anonimato, outros, por sua vez, surgem como lâmpadas, clareando a nossa alma sedenta de saberes. Convém saber que, dentre nós, já começam a germinar sementes de uma nova safra de escritores, justificada pelo desabrochar de novas obras literárias, vislumbrando um novo cenário para a cidade.

Vale ressaltar que alguns dos ilustres nomes, como: João Diamantina, Antonio Barbosa (Toim do Incra), Altair Sales, Hélverton Baiano, Flamarion, Conceição, já são, há muito, por nós conhecidos. Por outro lado, é alvissareiro o surgimento de novos e promissores estreantes, nessa nova fase que se inaugura. Assim, os destaques dessa nova safra ficam por conta dos escritores Teoney Guerra, Gecílio Pereira, Paulo Oisiovici e outros, inclusive esse que escreve.

Escritor Teoney Guerra.

Face a tão louvável realidade, é oportuno lembrar do imortal poeta Castro Alves que, nos seus versos, dizia: “Bendito o que semeia livro a mão cheia e faz o povo pensar…” Enquanto o filósofo e teólogo cristão, Tomás de Aquino, assim alertava em plena idade média: “Toma cuidado com o homem de um só livro.” Bom, este é o risco, o qual não corremos, visto que podemos nos dar ao luxo de semear livros pela cidade, escritos pelas mãos de escritores da nossa própria terra.

A propósito, penso que escritores são seres reveladores da alma humana e da cultura de um povo. E, assim sendo, no registro de seus escritos e imagens, vão tudo guardando para, oportunamente, revelar histórias e cotidianos de sua gente, em seu convívio social. Resta pressuposto, que uma sociedade incapaz de valorizar os seus escritores, está fadada à perda da memória e ao esquecimento, ignorando sua própria identidade. Portanto, incentivar, prestigiar e valorizar os seus escritores, é um imperativo de qualquer povo que preze pelo saber.

Escritor Gecílio Pereira de Souza

Tal conduta implica no reconhecimento e na salvaguarda da produção cultural dos filhos da terra, e isto robustece os conterrâneos e, de certo modo, estabelece um paradigma iluminador de outras mentes locais. Isto posto, faz todo sentido Correntina habituar-se ao exercício do contato com a sua plural literatura, por meio de bibliotecas, feiras, exposições e oficinas literárias. Trata-se de uma nova concepção política pertinente ao tema, que só será possível por intermédio da promoção do contato mais estreito e ostensivo com o público.

Não custa lembrar que, só este ano, já foram lançados quatro títulos de obras literárias de gêneros diversos, pelos filhos de Correntina que, seguem pela ordem, são as seguintes:  “Carta do Satanás a Bolsonaro.” Gecílio Pereira de Souza;
“Falando de Amor a Esses ouvidos moucos.” Hélverton Baiano;
“Araújo e Guerra mais de um um século de história.” Teoney Guerra;                                  “Stalin nos manuais de Brasil e Portugal.” Paulo Oisiovici.

Escritor Paulo Oisiovici

E mais… É aguardado para este ano, o lançamento de mais uma obra de Teoney Guerra, A Rua. A nova obra que ainda transita nos fornos da editora, à espera de acabamento. Por fim, reafirmo que os escritores são, de fato, os verdadeiros guardiões da memória social de um povo. Protegê-los e prestigiá-los é preservar a própria história social e a identidade, para que sirvam de guia às gerações futuras.

 

28/08/24. Antonio Rocha

 

3 COMENTÁRIOS

  1. Rapazzz já quero um exemplar dessa carta de satanás ao filho dele kkkk em fim muito bem lembrado mestre Antônio vc que com sua sabedoria nos apresenta tantas opções de linguagens pra ser lida e vivida.

  2. A cidade de Correntina é um verdadeiro berço de talentos literários, onde a palavra escrita ganha vida através das mentes criativas de seus escritores. Aqui incluo Antônio Rocha que contribui para um mosaico literário que reflete a diversidade e a riqueza cultural de Correntina. Seus textos percorrem as ruas, praças e cantos desta cidade, capturando tanto a beleza quanto as complexidades do cotidiano. Parabéns a todos estes grandes escritores!

  3. É preciso conhecer, prestigiar e dar voz aos escritores em ação, pois são estes que nos abrem os olhos e a mente para refletirmos a realidade e enriquecermos nossos conhecimentos. São pessoas dotadas de sensibilidade, sentimentos, sabedoria … e que podem muito contribuir para uma sociedade pensante e evoluída.

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