Publicada em 15/10/2025, às 08h43.
Correntina não precisa de militarização nas escolas, e sim de investimento, gestão e políticas sociais.

Inicio a matéria fazendo duas perguntas: Percebe que as escolas militarizadas nunca são para os filhos, netos ou familiares de políticos? Pergunte para um político de nossa cidade se ele quer que seu filho pequeno estude em um colégio militarizado?

Após circular nas redes sociais, o parecer jurídico nº 2/2025 do SINDTEC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Correntina) repercutiu amplamente entre educadores e a população. O Jornal de Correntina teve acesso ao documento oficial, em formato PDF, publicado pelo próprio sindicato e disponível para consulta pública no site www.sindtecba.com.br.

O parecer, técnico, detalhado e juridicamente muito bem fundamentado, foi elaborado pelos advogados Andressa Macedo de Souza e Jéfesson Amaral de Bastos, do corpo jurídico do SINDTEC. Com base na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em decisões judiciais e notas técnicas do Ministério da Educação, o documento conclui pela inviabilidade jurídica e técnica da implantação das escolas cívico-militares na rede municipal de Correntina.

De acordo com o parecer, o modelo fere princípios como a gestão democrática, o pluralismo de ideias e a liberdade de ensinar e aprender. O texto lembra que o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM), criado pelo Decreto Federal nº 10.004/2019, foi revogado em 2023 pelo Decreto nº 11.611, após o próprio Ministério da Educação reconhecer que o programa representava desvio de finalidade e não se adequava ao sistema educacional brasileiro.

A Nota Técnica nº 60/2023 do MEC, também citada, afirma que a vulnerabilidade social e os desafios das escolas públicas não se resolvem com hierarquia e punição, mas com investimento social e valorização dos profissionais da educação. O documento alerta ainda que não há evidências de que escolas militarizadas apresentem melhores resultados acadêmicos, e que o modelo pode acentuar desigualdades e excluir estudantes em situação de vulnerabilidade.

O parecer reforça que a Polícia Militar exerce papel essencial na segurança pública, mas que educação e segurança são esferas distintas. Para o SINDTEC, o caminho para melhorar a educação em Correntina é investir em políticas sociais, infraestrutura, formação docente e valorização humana — e não em medidas que associam o aprendizado ao medo e à rigidez disciplinar.

O Jornal de Correntina considera que se é para militarizar algo, que se comece substituindo o secretário por um secretário militar. As escolas de Correntina não enfrentam índices de criminalidade que justifiquem intervenção militar; enfrentam, sim, a falta de investimento e de atenção às famílias em situação de vulnerabilidade. Militarizar a educação, em um cenário como esse, é mirar no alvo errado.
Concordo plenamente! Militarização de escolas, onde o índice de criminalidade é praticamente zero, é sujeitar nossas crianças e adolescentes a um regime rígido demais! Aqui em Anápolis GO, existem vários colégios militares, pelo menos cinco. Mesmo assim, existem problemas de conflitos entre os alunos. Tá muito difícil nos dias atuais, educar essa juventude. Aliás, a educação primordial, se adquire em casa.o
O grande problema, é que, não há mais respeito dos alunos para com os pais, e também com os professores. Estruturar as escolas, é o caminho e esperarmos que a juventude se conscientizem.
Eu sou a favor das escolas militares, desde que seja selecionados os alunos mais indisciplinados e alunos que repete de ano. Não adianta colocar só os alunos quetinhos e disciplinados lá, eles não precisam de um sistema rígido.
O município deveria se espelhar no estado do Ceará, que vem se destacando na alfabetização, 85,3% das crianças desse estado estão sendo alfabetizadas na idade certa. O estado nordestino ta em 1° lugar superando o centro sul do país e sem enaltecer escolas militares como em outros estados do Brasil.
Como alguém pode se contra a escola civil militar?
Veja as notas do Enem, as melhores notas vem destes alunos e isso em nível nacional. A educação escolar em nossa cidade está na UTI, de CADA 10 ALUNOS filhos de professor, 07 estuda em escola particular, quem fez este parecer dizendo que não é a favor da escola civil militar deveria perguntar aos mais dos alunos, devemos muitos as nossos professoras, são verdadeiros anjos e guerreiros, porém a forma que passam para eles a maneira do aluno estudar, ( quem vem do MEC) está ERRADA. Nao estou aqui contra os nossos professores, jamais! Mas PAULO FREIRE E KARL MARX não é modelo para nossos estudantes.
Chama de militância !!!
AS VANTAGENS DA ORDEM E DISCIPLINA NOS COLÉGIOS
SUPERAM EVENTUAIS PREOCUPAÇÕES
Dúvidas não existem de que as Escolas que possuem a administração por agentes militares em escolas são benéficas em vários aspectos, porquanto a ordem e a disciplina são fundamentais na formação de alunos dos cursos iniciais senão vejamos:
– Disciplina e estrutura: A presença militar pode trazer disciplina e estrutura para os alunos, ajudando a melhorar o comportamento e o desempenho acadêmico. A ordem e a disciplina ajudam os alunos a desenvolver hábitos saudáveis, como chegar na hora certa, respeitar os colegas e professores, e manter um ambiente organizado.
– Segurança: A presença de militares pode aumentar a sensação de segurança dentro e fora da escola, criando um ambiente mais propício ao aprendizado.
– Liderança: Os militares podem servir como modelos de liderança e inspirar os alunos a desenvolver habilidades importantes como trabalho em equipe, responsabilidade e resiliência.
– Educação cívica: A administração militar pode enfatizar a importância da cidadania, do respeito às regras e da responsabilidade social, ajudando a formar cidadãos mais conscientes e engajados.
A ordem e a disciplina são habilidades essenciais para o sucesso em todas as áreas da vida. Ao aprender a ser disciplinados e organizados desde cedo, os alunos estarão melhor preparados para enfrentar os desafios da vida e alcançar seus objetivos, pois, reduz a indisciplina e a violência com a simples presença de uma autoridade respeitada e a ênfase na disciplina podem ajudar a reduzir a indisciplina e a violência nas escolas, além de melhorar a autoestima, visto que a disciplina e a ordem podem ajudar os alunos a se sentir mais seguros e confiantes, o que pode melhorar sua autoestima e autoimagem.
É importante notar que a ordem e a disciplina devem ser implementadas de forma justa, respeitosa e sem excessos, levando em conta as necessidades individuais dos alunos e promovendo um ambiente positivo e de apoio.
As preocupações de alguns sindicatos e até de pais, professores e alunos desinformados, como a possibilidade de: a) Fomentar a cultura do medo, receando que possa criar um ambiente de medo e repressão, em vez de estimular a criatividade e a liberdade de expressão. b) Limitar a autonomia dos professore em razão da rigidez disciplinar que pode tolher a capacidade dos professores de ensinar de forma criativa e adaptada às necessidades dos alunos. Por fim, supor pseudo desconsideração as necessidades individuais, achando que a abordagem militar pode não ser adequada para atender às necessidades individuais dos alunos, especialmente aqueles que requerem apoio especial.
Tais preocupações são coisa do passado e trazem o ranço do militarismo de então, quando nos dias de hoje não mais tem guarida e nem espaços para quaisquer excessos. É essencial encontrar um equilíbrio entre disciplina e liberdade, e considerar as necessidades específicas de cada escola e comunidade.
A preocupação mais necessária para os dias de hoje é evitar a reincidência de homicídios no ambiente escolar, alunos ingressando armados nos estabelecimentos de ensinos, agressões reciprocas e até aos professores e a permissividade dos abusos que se noticiam a exemplo do famigerado “bullying” que na escola que já se tornou um problema sério caracterizado por agressões intencionais e repetitivas, que podem ser físicas, verbais, psicológicas, morais, sexuais ou materiais, cometidos de forma direta ou virtual.
É como penso, respeitando com a devida vênia a opinião daqueles que pensam de forma oposta!
As escolas cívico-militares têm se destacado por alcançarem melhores índices de aprovação e desempenho escolar. O modelo, que alia a gestão pedagógica à disciplina e aos valores cívicos, cria um ambiente de respeito, responsabilidade e compromisso com o aprendizado. A presença dos militares contribui para a organização e segurança, enquanto os educadores mantêm o foco na formação acadêmica e humana dos alunos.
Como resultado, observa-se redução da evasão e da indisciplina, além de aumento significativo nas notas e na taxa de aprovação. As escolas cívico-militares tornam-se, assim, referência em qualidade educacional, fortalecendo a parceria entre família, escola e comunidade e preparando cidadãos mais conscientes e comprometidos com o futuro do país.