Publicado em 01/08/2024 às 06h22
CORRENTINA E O SEU DILEMA: A FÉ E A FEDENTINA
Hoje a reflexão é sobre um espaço urbano encravado no seio da natureza. Não obstante a exuberante beleza natural desta cidade, vi e ouvi muita gente falando, por uma boca só… Só mesmo pela fé é que os fiéis vão suportando o insuportável. Todos sabem que foi de boa fé que o vigário cedeu o terreno, para nele instalar o centro de tratamento do esgoto da cidade. Assim como foi de boa fé que o gestor público iniciou a obra, festejada com os aplausos do povo da cidade.
Entretanto, tal euforia durou pouco. E poucos são os que permanecem alheios ao mau odor, exalado da repugnante lagoa artificial. E o pior que é logo ali, ali mesmo atrás do altar, rumo à sacristia. É por lá que circula o fétido odor dos dejetos fecais, circulando por todo o interior da igreja, nos horários das missas. Por causa disso, todos rezam para que o vento vente na direção contrária, levando consigo as impurezas.
Só sei que é um deus nos acuda! E que nos momentos de reza, rezam-se todos, com uma mão na testa e a outra no nariz, no momento de persignar fazendo o sinal da cruz. Enquanto isso, o povo continua a protestar dizendo: ora, se o padre purifica a água, é dever do gestor purificar a cidade e todos que nela habitam.
É que, entre a fé e a fedentina, não há rima possível, nem mesmo com o nome da cidade. Na fila da comunhão, então, nem se fala…! É uma mão estendida para hóstia e a outra tapando a venta. Digo, no nariz… Rezando para a ventania ventar na contra mão da sua direção. De fato, aquele local já se tornou um fétido lugar. Não o templo, é claro…! E que Deus me livre e guarde de cometer tamanho sacrilégio e desrespeito. Porém, desrespeito mesmo, é a inércia daqueles que podem resolver o problema e não resolvem.
Desse modo, chego mesmo a desconfiar que a coisa já saiu do controle. Uma vez que correm notícias de que o mau cheiro já é sentido em algumas partes da cidade, ultrapassando até mesmo a praça da matriz. Aqui não se tem dúvida de que tudo fora feito de boa fé. Contudo, hoje resta apenas má Fe, má vontade ou má gestão no trato da coisa pública, transformando o centro de tratamento num grave problema sanitário. É que, nele, tudo sopita, soluça, balança, vaza e derrama pelas bordas, podendo ocasionar sérias endemias e múltiplas doenças na população.
O tema é pertinente! Isso porque, com a saúde não se brinca! Ela é o nosso bem maior. Sendo esta de plena responsabilidade do poder público e da consciência social. Além do que, a cidade fica mais bela e feliz quando a integridade física e mental é bem cuidada. Por isso, fique de olho! Fé não combina com fedentina… Essa cidade sempre teve cheiro de jasmim, principalmente nas noites quentes de saraus. Assim, tudo merece bom trato. E o trato foi o de tratar de tudo… da água, do esgoto, do rio e das pessoas. De dentro e de fora; dos moradores e dos turistas. Entretanto, o que agora impera é o destrato, o descuido, o des-zelo, e o desleixo. 30/07/2024. Antonio Rocha
Lamentável, desrespeito total para com a população!
Lamentável, desrespeito total para com a população!
O eleitor Correntinenses é o mais fácil de enganar, eles estão mais preocupados com Goiânia do que a própria cidade. São fanáticos e esquecem de analisar as propostas. E é oque os políticos locais querem.
Uma realidade não falada nos discursos políticos dos nossos governos atuais e candidatos. Parabéns Antônio..
Que tristeza!! Eu não moro em Correntina,mas ela é minha Cidade Amada! Antônio você falou uma verdade que muitos escondem. Muito obrigada por não deixar esse fato passar em branco.
Há um duelo entre a boa fé e a má fé, porém é preciso que o poder público realmente tome consciência desta terrível situação e tome vergonha na cara e aplique verbas para resolver tal situação em questão. Tomara sua reflexão e indignação seja vista por muitos como um meio de cutucar a administração pública para resolver esta situação horrível para o povo de Correntina e para a igreja. Ninguém merece ir a igreja e ter que suportar tal mau cheiro. Parabéns amigo, você muito contribui para o povo de sua cidade.
Realmente é uma falta de respeito com o povo que elegem gestores despreparados e sem compromisso pra receberem turistas que não sabem a água que querem usufruir nas “Sete Ilhas”, banhado nas águas do caldo do “piscinão de bosta”. Sempre vou a nossa cidade, é um horror assistir as missas. Não vou a “Sete Ilhas”, há exatamente 17 anos por motivo óbvio de saúde. E os casos de muitos casos de pessoas com Câncer, sem que a Secretária de Saúde tenha relatório de todos os Correntinenses que fazem tratamento de CA. É triste a situação 😢😢😢
Parabéns Antônio Rocha, por denunciar o que o nosso povo adoecido não tem coragem de denunciar.
Eu sou de Correntina
Mas não moro air
Moro aqui em Goiânia
Mas pretendo voltar a morar air
Fiquei muito triste com esse descaso público
Com este fato tão real.
Agora fiquei com medo e muito receio de
Usufruir dessa beleza natural que é o rio
Com essa fatalidade jamais tomar banho no
Rio e menos uma turista .
Parabéns Padre Antônio vc foi nota 10000
Por nós orientá-lo
Regina (a Geu)sobrinha da Josa neta de dona Siana
Esta família oligopolista, é uma força.
Parabéns… Ficou excelente a forma que descreveu tau abandono das figuras públicas públicas que deveriam ter mais respeito por toda sociedade..
” desrespeito mesmo, é a inércia daqueles que podem resolver o problema e não resolvem.”