Publicado em 12/07/2025 às 14h14.

GRITO LITERÁRIO
Por Gecílio Souza
É possível que algumas pessoas já me conheçam no ambiente das letras, devido à forma poética cordelística que utilizo para expressar ideias e emitir juízos sobre diversos assuntos. Não restam dúvidas que o modelo de escrita caracteriza e enseja a identificação do escritor, a despeito de ele, eventualmente, exercer outros estilos. Faço esse registro a título de justificativa do meu trânsito, na data de hoje, do poema rimado para o artigo convencional, com o desiderato de mencionar o evento mais significativo da região, que ocorrerá entre os dias10 e 12 próximos. Trata-se da I FESTA LITERÁRIA: Cultura e manifestações dos povos ciganos.








A cultura, sobretudo em sua dimensão literária, além de constituir-se um elemento primoroso e estrutural da nossa civilização, desenvolve, tanto no artista quanto em seu entusiasta, um deleite e uma interação humanística indescritíveis. Nesta perspectiva, o supramencionado evento que Correntina sediará nos próximos dias é extremamente relevante e digno de toda a atenção da sociedade local. A temática, em si, nos remete ao aspecto mais central e louvável da iniciativa dos organizadores: o reconhecimento, a valorização e a integração das manifestações culturais ciganas às demais expressões localmente consolidadas.
Esse cotejamento interativo, essa inserção celebrativa e sua publicização, enaltecem o caráter vocacional do Oeste baiano em geral e de Correntina em particular, concernente à preservação e à inovação do seu legado cultural. Sabidamente, cultura é mais que reprodução de traços artísticos e literários; é criação, é interpretação, é desafiadora ousadia. Por intermédio da literatura pode-se dividir ou somar, excluir ou incluir, segregar ou agregar. Depende do contexto e do propósito a que ela sirva, bem como do vigor de seus alicerces e da resiliência de seus mais autênticos valores.
A praça da cidade, local historicamente emblemático e carregado de profundo simbolismo, é o espaço cujo sentido mais filosófico traduz a equidistância entre o ponto central e todos os cidadãos, rurais e urbanos. Ali converte-se em arena e palco das múltiplas criatividades, das variadas potencialidades que integram um único corpo sociocultural, protagonizado pela dinâmica literária.
Nesta oportunidade, conclamo os correntinenses a prestigiarem, divulgarem e participarem deste evento que, indiscutivelmente, eleva o conceito e o referencial pedagógico de Correntina.
Aos idealizadores, organizadores, colaboradores e executores, não apenas parabéns, mas reconhecimento e apoio!