Colunista Lucinho.

Publicado em 10/09/2021 às 10h40

Este é o contexto onde cada eleitor, simpatizante, correligionário, povo, que foi às ruas, está enquadrando neste momento o comportamento de sua excelência o Presidente da República, por pedir a que os caminhoneiros voltem as suas bases e por não ter dado sequência o que prometeu em seus discursos, para poucos, sábio; para muitos, covarde.

O povo veio ou foi às ruas no dia 7 de setembro, cheio de ressentimentos, dados os desmandos de juízes do STF, juntos, também os caminhoneiros, enquanto classe representativa de peso, para numa data cívica, comemorando, pleitearem a retomada da LIBERDADE. Na sequencia apresentariam ao Senado Federal uma pauta de reivindicações e enunciariam as ações da categoria, que incluía paralisação das rodovias até o atendimento daquela pauta. Nesta liberdade, está inclusa a desforra sobre prisões de Roberto Jefferson; Sérgio Reis; Zé Trovão; Oswaldo Eustáquio, dentre outros, todos lideres que acompanham o presidente, capricho, perseguição, abusos….?

Nesta desforra está implícita a provocação e até agressão a juízes do STF, que se consolidou quando no auge, no entusiasmo politico do momento, no calor do ato de se expressar, discursando, defendendo a liberdade de expressão, o direito de ir e vir do cidadão e assim citou nomes. Eu, particularmente, estive reacionário, continuo nas avaliações, talvez até aprendesse algo para defender a liberdade, pois até escrever, que gosto, causou timidez, medo, já que primo por verdades, porque a liberdade é fundamental para a vida. O Senado reagiu e não recebeu a comissão dos caminhoneiros e assim aquela pauta na foi recebida, não chegou até ao órgão, julgo como ato falho da Instituição Senado.

O STF reagiu em pronunciamento de seu Presidente num primeiro momento laudas foram lidas consoantes a verdades, na sequencia a leitura descambou direcionando para o enquadramento do presidente em crime de responsabilidade, um abuso, uma vergonha. Nada comentou sobre a retenção da aeronave particular americana em solo brasileiro de uso do ex-assessor de Donald Trump, Mr Jason Miller e sua comitiva, detido pela PF no aeroporto Internacional de Brasília em atenção a recomendação, orientação, determinação de ministro do STF, objetivando colher declarações sobre participação antidemocrática!

Presidente deve ter convocado seu staff e feito uma reunião e nela veio à tona as circunstancias de momento, gasolina a sete reais; carne a cinquenta o quilo, gás, botijão mais de cem, para não citar os gêneros, arroz, feijão, óleo cujos produtores e refinarias, dizem estar sob a tutela dos chineses. Seria oportuno, respaldar apoio a uma paralisação indeterminada dos caminhoneiros e sangrar o abastecimento e estrangular a nossa economia ainda mais, em prejuízo e desfavor deste mesmo povo que o aclama em praça pública!?

Entendo assim, prevaleceu o bom senso, certamente, houveram costuras politicas para que o Congresso se instale no seu lugar e aja conforme a Constituição; por outro lado ao STF, seus ministros foram chamados e instados a que fiquem nos seus lugares e cumpram estritamente o que for constitucional e ao Presidente certamente, coube a missão de se expor desarticulando o movimento de paralisação dos caminhoneiros. O certo que todos medraram.

Os caminhoneiros com certeza foram mediadores desse momento dada a sua iniciativa de buscar e brigar pela liberdade. Banindo a arrogância e prepotência de alguns, muitos do STF, que ignoram o Estado de Direito; despertando o Congresso para sair da letargia e da preguiça ou omissão remunerada e ao Presidente que ao conclamar o desfazimento das ações dos caminhoneiros, chamou pra si a pecha de covarde, mas, deve ter negociado benefícios para lideranças suas, expostas e ridicularizadas por confiarem tanto no Chefe da Nação.

Finalmente o tempo dirá se o que ocorreu em 7 de setembro e se desdobrou até hoje e se desdobrará para o futuro terá conotações de sabedoria ou covardia! Sem esquecer-se da possibilidade de reação americana quanto à ação tanto da PF cumprindo determinação de membro da corte, quando tolheu a liberdade do cidadão americano, a pretexto de obter declarações, que foram negadas e que condicionou a PF a liberar o inquirido depois de três horas de retenção. Em síntese, o espelho desse momento político reflete fracasso ou sucesso para 2022, pois o povo é que sentirá as consequências e será, portanto o termômetro, mesmo considerando a falta do voto impresso, fundamental para a lisura do ato cidadão do votar.

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