Publicado 07/03/2025 às 10h39.

O atraso no início do calendário letivo, além de gerar insegurança entre alunos, comunidade e professores, afeta um direito garantido por lei.

Correntina está, de fato, levando ao pé da letra ditado popular de que diz: “O ANO SÓ COMEÇA APÓS O CARNAVAL”. Em muitas escolas públicas de Correntina o ano letivo começou dia 24/02, quatorze dias de atraso, em conformidade com a proposta de calendário publicada no Diário Oficial do município. Diversas escolas adiaram as datas previstas no calendário, 10/02/1025, e terão de correr atrás do tempo perdido. A organização do transporte escolar e a dificuldades na contratação de professores e outros servidores da educação são alguns dos motivos para o atraso.

Embora a Secretaria de Educação afirme que vai garantir o cumprimento dos 200 dias letivos previstos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o atraso gera clima de insegurança. Isso porque, para garantir um ensino de qualidade, a infraestrutura da escola deve estar em condições adequadas e a equipe de profissionais precisa ser formada com antecedência, a fim de que haja tempo suficiente para o planejamento das atividades pedagógicas, inclusive para os novos contratados que ficam fora da semana pedagógica do município.

Não é admissível, portanto, que a secretaria deixe para a última hora questões primordiais para o funcionamento das escolas. Além de ser um compromisso moral com a comunidade escolar, que se organiza em função das datas preestabelecidas, o respeito ao calendário tem também função pedagógica e respeito: se a instituição não segue o próprio calendário à risca, como ela pode servir de exemplo para que os alunos, a comunidade e os servidores sejam assíduos e cumpram prazos?
Além disso, a compensação dos dias perdidos serão nas férias de julho, de dezembro ou ao longo do ano, nos sábados que nem sempre leva em conta o que é melhor para o estudante? Em Correntina são comuns, por exemplo, sábados letivos com fins meramente formais: servem para cumprir a Lei no papel, mas não são levados a sério, uma vez que há muito a considerar, por exemplo: o real rendimento desses estudantes, o respeito ao estado laico, direito ao descanso semanal, entre outros que assegurados pela legislação.
Podemos concluir que os avanços em relação à organização do item “EDUCAÇÃO” se mostra contraditória às promessas de mudanças e prioridade para as pautas importantes.
Excelente matéria! Parabéns!
O descaso com a educação é escancarada, somente com a educação conseguiremos transformar a nossa cidade. Com educação que se liberta desse ciclo, que se repete anos, décadas e até séculos em nossa região. Porém se os políticos de nossa região der educação a este povo, como que eles é seus sucessores se manterá no poder?