Publicado em 12/07/2021 às 22h10, atualizado em 12/07/2021 às 22h10.
A Revolução Cubana foi um movimento armado e guerrilheiro que culminou com tomada do poder de CUBA em 1º de janeiro de 1959, pelo líder Fidel Castro.
Nesses 62 anos, 6 meses e 11 dias CUBA foi governada por três presidentes:
Fidel Alejandro Castro Ruz de 1959 a 2008, 49 anos no poder;
Raúl Modesto Castro Ruz de 2008 a 2018, 10 anos no poder;
Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez de 2018 até atualidade.
Os protestos que ocorreram na data de ontem, 10 e hoje, 11, entrarão para a história mundial política.
Há três pontos chave para entender esta crise:
1. A crise do coronavírus.
Os protestos na ilha parecem ser resultado de esgotamento acumulado da população. Esse esgotamento aumentou nos últimos meses com uma das maiores crises econômicos e de saúde que a ilha viveu desde o chamado “período especial” (a crise no início dos anos 1990 após o colapso da União Soviética).
2. A situação econômica
O coronavírus teve um profundo impacto na vida econômica e social da ilha. O turismo, um dos motores da economia cubana, está praticamente paralisado. Além disso, há inflação crescente, apagões, escassez de alimentos, medicamentos e produtos básicos.
3. Acesso à internet
Antes deste domingo e segunda-feira, o maior protesto ocorrido em Cuba após o início da revolução de Fidel Castro, de 1959, havia acontecido em agosto de 1994 em frente ao Malecón de Havana.
Cubanos em outras províncias nem sabiam o que havia acontecido na capital.
Cuba é uma espécie de fonte de inspiração para muitos intelectuais, militantes, estudantes, políticos e estudiosos. E esse assunto será o mais discutido nesta semana e provavelmente no mês. Mas a história está ai para nos mostrar que não tem império, não tem repressão que não cai com o tempo. Os ditadores se vão, mas o povo é eterno e irão à busca por melhorias, liberdade e sonhos.