Publicada em 07/08/2022 às 10h15
Por Alorof – Poeta Correntinense
As lavadeiras
Lavam a dor nas corredeiras
Enquanto seus maridos
“lavam a jega”
(“Ai que dor nas cadeiras!”)
As lavadeiras
De lá do Canto do muro
Enquanto enxaguam o futuro
Seus maridos lavam a alma
(“ai meus filhos feitos no escuro!”)
As lavadeiras
Quaram roupas no Remansão
Enxaguam almas na ilusão
E seus maridos lavam-pés
(“Ai meus Deus, meu São Siprião”)
E o rio das Éguas corre
Pras éguas corre
E às léguas, morre.
Adorei!
Na época da faculdade fiz um trabalho sobre as lavadeiras de Correntina.
Essa cultura está tão enraizada que vai passando de geração a geração.
Bom dia Adbel pela participação. Realmente tem uma cultura muito rica nesse tema. O momento é muito rico nesse simples ato de lavar roupa no rio.
Já fim muito isso com a minha mãe ir pra remacao lavar roupa com ela
Lavadeiras que criaram seus sonhos e seus filhos nas águas no rio!👏🏽👏🏽
Maravilhosa a forma como você ilustra, com as suas palavras, as memórias do povo Correntinense!