Publicado em 27/06/2025 às 10h20.
O PADRE E O SANTO DE OLHO NA PRAÇA DA MATRIZ
Do jeito que anda a má gestão da coisa pública em Correntina, até o Padre e o Santo, estão de olho na velha Praça da Matriz. Aliás, de olho não! Você já reparou que tanto a estátua do Padre quanto a estátua do Santo estão de costas viradas para a Praça? Repare que o Santo André virou-se para a antiga Matriz, enquanto o Padre André Bérénos está de mãos estendidas, olhando para a Rua de Pedro Guerra. Ambos viraram as costas, só para não ver o descaso, a sujeira, o lixo, o maltrato, o sucateamento e o abandono do espaço público, que há muito deixou de ser visitado.
Dessa forma, enquanto a estátua do Santo André olha para a desfigurada antiga Igreja Matriz sem cor e sem brilho, quase em ruína, a estátua do sacerdote André Bérénos, olha com preocupação para a descaracterizada e apática Rua Goés Calmon. Enquanto estes dois ícones da fé cristã viram as costas para a praça, as flores murcham, os meios fios desabam, o calçadão esburaca e o antigo fórum é vandalizado. Aliás, não são só Santos que estão de costas viradas, mas também as autoridades eclesiásticas e o gestor público municipal.
Uma pena…! A bela, maior e melhor Praça de Correntina, que fora, outra, o ponto de encontro dos jovens, das crianças, das famílias e do povo, agora é puro abandono, desolação e escuridão. Sem vida, esburacada, mal iluminada e descuidada, o coreto não faz coro à época em que, a Praça da Matriz fazia a alegria, os encontros, os saraus, e as festas da sociedade correntinense. Ademais, a falta de sensibilidade e de boa gestão da coisa pública, por parte das nossas autoridades, fez a Praça entrar em decadência. O descaso é tão flagrante, que, até o antigo Prédio da Delegacia de Polícia, pediu demissão e mudou de lugar. Aliás, melhor dizendo, forçaram-no desaparecer através de uma criminosa demolição.
Não obstante a isso, acredito que ainda há conserto e reparos. O que se torna irremediável mesmo é quando o povo abdica-se do dever-direito de cobrar e pressionar as autoridades, a cumprirem o seu dever legal, de bem gerir a coisa pública. O novo gestor do município está completando meio ano na gestão da prefeitura. Contudo, indeciso e reticente, apresenta pouco ou nenhum avanço na administração municipal. O que se pode deduzir é que, esse retrato de descaso para com a coisa pública, configura no retrato fiel da inoperância, da incompetência e da falta de prioridades e capacidade administrativas.
Apesar do triste retrato dessa administração e ausência de clareza e de projetos que impactam positivamente o município, a sociedade correntinense deve seguir atenta e vigilante na cobrança, daqueles que foram eleitos para servir, cuidar e amparar o povo. Por fim, enquanto a administração pública municipal não volta o seu olhar para os problemas da Praça da Matriz, o Pe Bérénos continuará de mãos estendidas, chamando atenção para a Praça. Enquanto isso, Santo André oferece, pelas suas mãos pães e os peixes aos eclesiásticos, para ajudar na reforma da antiga Igreja Matriz.
Essa praça tem história para contar, um lugar com muito brilho e encanto! Pena que está jogada aos prantos, A Igreja nem se fala no seu total descaso e abandono.
Fica só a lembrança dos dias de glória, luta, paz e benção. não temos religioso, como o P. André, esse sim faz muita falta!
Se uma área na região central da cidade está assim, imagina como está os bairros mais afastados do centro.
Vocês devem deixar tocando durante uma semana essa música de FAFÁ DE BELÉM:
Memória
Canção de Fafá de Belém ‧ 1979
Houve um dia aqui uma praça
Onde tantas crianças cantavam
Houve um dia aqui uma praça
Onde os velhos sorriam lembranças
Houve um dia aqui uma praça
Onde os jovens em bando se amavam
E os homens brincavam trabalho
Um trabalho sem desesperança
Digo, meu filho, que esse jardim
Era o viço da vida vingando
Digo, meu filho, que esse jardim
Era o brilho dos olhos despertos
Digo, meu filho, que esse jardim
Era o branco dos dentes brilhando
E a festa da vida seguia
Pelo tranco dos gestos libertos
Digo de fresca memória
Que aqui não havia do medo esse cheiro
Digo de fresca memória
Que aqui não havia de estátuas, canteiros
Houve um dia, uma praça, uma rua, uma esquina
Cidade, um país
Houve crianças e jovens, e homens, e velhos
Um povo feliz
Houve um dia aqui uma praça
Onde tantas crianças cantavam
Houve um dia aqui uma praça
Onde os velhos sorriam lembranças
Houve um dia aqui uma praça
Onde os jovens em bando se amavam
E os homens brincavam trabalho
Um trabalho sem desesperança
Digo, meu filho, que esse jardim
Era o viço da vida vingando
Digo, meu filho, que esse jardim
Era o brilho dos olhos despertos
Digo, meu filho, que esse jardim
Era o branco dos dentes brilhando
E a festa da vida seguia
Pelo tranco dos gestos libertos
Digo de fresca memória
Que aqui não havia do medo esse cheiro
Digo de fresca memória
Que aqui não havia de estátuas, canteiros
Houve, um dia, uma praça, uma rua, uma esquina
Cidade, um país
Houve crianças e jovens, e homens, e velhos
Um povo feliz
Começou o descaso com nossa história quando retiraram o nome de Nossa Senhora da Glória da Igreja Matriz. A justiça Divina tarda mais não falha, após o Covid 19 não teve mais missa aos domingos e a reforma transformou um pesadelo. Em Aparecida e Trindade construíram Novos Templos, mais os antigos continuaram com o mesmo nome. A Praça e a Igreja estão sendo vítimas do descaso eclesiásticos outorgado pela Administração Pública. Este fórum foi construído na Administração de Joaquim de Santa, teve a sua utilidade necessária, mas após a construção do novo Fórum, deveria ser demolido e devolver a Praça para a população . [email protected]