Publicado em 05/04/2025 às 10h07.

Em uma matéria anterior, eu falei sobre como alguns eleitores se arrependeram muito cedo do seu voto e do empenho por um determinado candidato. Comentei que dificilmente um candidato irá carregar as vontades e os sonhos que estão em nós, e não nele.

Vejo com muita surpresa pessoas que votaram no atual prefeito reclamando de sua forma de gestão, principalmente na área do comércio. O que me surpreende é que não é preciso ser um especialista político para entender que, se a população troca uma gestão assistencialista por uma gestão técnica, isso naturalmente vai acontecer.

Não estou aqui para julgar qual é a melhor forma de governar, mas o que é visível é que o próprio povo não esperava essa mudança. Talvez todos os governantes anteriores tenham sido, de certa forma, assistencialistas. O que o povo esperava era que “a noiva seria a mesma, apenas com o penteado diferente”, como era antes.

As normas de trabalho no setor público são muito parecidas com as do setor privado. Não sei se ele (o prefeito) conseguirá trazer essa eficiência para um setor viciado há décadas. Pode ser uma mudança positiva para a população, mas que vem surpreendendo muitos funcionários públicos já acostumados com a forma de outras gestões.

Mariano trouxe para Correntina uma gestão terceirizada. Não dá para saber se isso faz parte da eficiência dos que vieram ou da incapacidade da mão de obra local. Até agora, houve um programa que visa gerar emprego na cidade, mas, se o povo não está sendo qualificado para a gestão pública, acredito que no setor privado a dificuldade será ainda maior.

Será que, se o correntinense ocupasse os cargos atualmente preenchidos por pessoas de fora, isso já não seria meio caminho andado para resolver a questão do desemprego e fazer o dinheiro circular na própria cidade?