Publicado em 4/11/2025, às 10h32.

Texto do Colunista  Fred Bar.

Nos últimos tempos, temos acompanhado em Correntina um triste episódio que empobrece o debate político: a troca de ofensas entre figuras públicas nas redes sociais. A chamada “briga de lavadeiras” não apenas desvia o foco das questões realmente importantes, como também expõe a falta de maturidade de parte da nossa classe política.

Foto divulgação.

O que mais preocupa é perceber que poucos políticos têm buscado construir suas próprias narrativas e defender bandeiras que tragam benefícios concretos à população. Em vez de propostas, o que vemos são disputas pessoais, alimentadas por vaidades e julgamentos morais.

Vindos de dois ex-candidatos a prefeito, esperava-se algo diferente: debates com conteúdo, ideias e visão de futuro. No entanto, o que se tem visto são ataques que nada acrescentam à cidade e que desrespeitam o eleitor, que espera ser representado com seriedade e compromisso.

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A discussão sobre a opção sexual de qualquer pessoa, por exemplo, é algo que não deveria sequer entrar em pauta política. A orientação sexual é parte da vida privada e não define o caráter de ninguém. Transformar isso em motivo de debate público demonstra falta de sensibilidade e imaturidade política.

Correntina precisa de representantes que usem a comunicação — seja nas redes sociais, seja na imprensa — para informar com responsabilidade, imparcialidade e respeito. O uso consciente dos meios de comunicação pode fortalecer a democracia e aproximar o eleitor de pautas verdadeiramente relevantes para o desenvolvimento da cidade.

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Mais do que ataques, o que nossa cidade precisa é de diálogo, propostas e seriedade. A boa política se faz com ideias, não com ofensas. Que os nossos líderes reflitam sobre isso e passem a contribuir com debates que elevem o nível político de Correntina — e não o contrário.

4 COMENTÁRIOS

  1. Em referência à recente publicação jornalística sobre a troca de mensagens nas redes sociais, venho a público para um esclarecimento fundamental:
    ​Primeiro, e de forma categórica: Minha postagem não consistiu em um ataque, mas sim em uma defesa incisiva e necessária contra ofensas dirigidas à minha pessoa.
    ​É inaceitável e profundamente repudiável que a orientação sexual de qualquer pessoa — e reitero que é orientação, e não “opção” — seja usada como parâmetro para questionar sua competência, integridade ou caráter.
    ​Tenho uma história viva e consolidada no município de Correntina, uma trajetória que é construída com trabalho e dedicação e que fala por si só.
    ​Minha manifestação nas redes sociais foi uma resposta à altura a um indivíduo que comunga da mesma orientação sexual que a minha, mas que se sentiu no direito de utilizar este fato como tema de piada ou menosprezo, tratando-o como se fosse um demérito.
    ​Lamento, mas já estou acostumado a enfrentar esse tipo de atitude: quando certos indivíduos não encontram nada concreto para atacar em sua vida ou conduta, eles atacam o que é intrínseco à sua personalidade. Reafirmo meu compromisso com a minha história e com o respeito a toda a população de Correntina.

  2. Meu caro Fred Bar,

    Concordo plenamente com o seu pensar, tanto é que efetivei um comentário no texto escrito pelo amigo Antônio Neto no dia 29 pretérito, sob o título: Ex-vice-prefeito Michael denuncia interferência política nas eleições de diretores escolares e critica a vereadora Albanice, cujo teor do nosso comentário aqui replico, pois tem tudo haver com o texto que ora nos apresenta. Eí-lo:

    DISCORDO QUANDO HÁ DESRESPEITOS!!!

    Tenho respeito e elevada consideração ao jovem Michael Delgado, que tem se mostrado um lutador aguerrido em prol dos interesses de Correntina, especialmente no que se diz respeito à ala jovem e educação, entretanto, não posso aplaudir os comentários feitos pelo mesmo no texto acima, quando se utiliza de um tom desrespeitoso e uma falta de consideração, que são inaceitáveis em um debate público, ao dirigir-se a uma integrante do Poder Legislativo e verberar que a mesma “deveria tomar vergonha na cara”, tal atitude não coaduna com o perfil do jovem futuroso Michael, pois além de tentar deslegitimar o trabalho de uma Comissão Eleitoral, também infringe normas básicas de respeito e civilidade em um ambiente democrático.

    Se a participação da parlamentar como membro da base do governo e integrante da Comissão Eleitoral, não atende ou vai de encontro os interesses sociais e educacionais, tem-se que combater no “bom combate”, através da JUSTIÇA, como foi feito e cujo DIREITO foi preservado por uma medida liminar.

    As críticas do amigo Michael, de forma açodada e demonstrando uma pessoalidade, sobre a atuação dos integrantes da Comissão Eleitoral não apenas desprezam suas posições, mas, também insinuam que a Comissão tem motivações egoístas ou desonestas. Essa abordagem de atacar a integridade dos integrantes da comissão e de forma mais pessoal a uma integrante do legislativo municipal, em vez de focar nas questões propostas de maneira construtiva, é uma estratégia política que ao nosso sentir, merece nossa reprovação.

    É lamentável que, em vez de promover um diálogo respeitoso e produtivo sobre a gestão municipal, pessoas públicas opte por retóricas ofensivas que alimentam a polarização e a animosidade. O que se espera de figuras públicas é responsabilidade e respeito pelas diferenças de opinião, especialmente em um contexto tão importante quanto a educação pública.

    Por fim, as acusações de parcialidade em relação à atual comissão eleitoral precisam ser debatidas, mas devem ocorrer dentro de um marco de respeito e transparência, sem a necessidade de desmerecer os envolvidos. O debate político deve ser sobre ideias e propostas, e não sobre ataques pessoais.

    É como penso, respeitando àqueles que pensam de modo diverso!

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