Publicado em 15/07/2025 às 09h06.

O Artesão e a Alma da Cidade Pequena: A Importância da Criação Manual para a Cultura Local.
Por FredBar.

Foto divulgação Dry Artes/JC.

Em tempos de produção em massa e consumo acelerado, é fácil esquecer o valor daquilo que é feito à mão — com tempo, cuidado e identidade. No entanto, em cidades pequenas como Correntina, o artesanato continua sendo uma forma legítima de expressão cultural, resistência e pertencimento. O artesão não é apenas um criador de objetos: ele é um contador de histórias, um guardião de tradições e um construtor da memória coletiva.

Foto divulgação Dry Artes/JC.
Foto divulgação Dry Artes/JC.

Adriana Santos de Soledade é um exemplo vivo dessa força criativa. Desde a infância, ela explora a arte como forma de expressão e fonte de renda extra. Suas peças, criadas com amor e originalidade, rapidamente conquistaram espaço na cidade. Hoje, seus trabalhos encantam os correntinenses que têm orgulho de adquirir suas criações. O sucesso de Adriana reflete não apenas seu talento, mas também o quanto a arte ainda pulsa na alma da cidade.

Foto divulgação Dry Artes/JC.
Foto divulgação Dry Artes/JC.

Mais do que artista, Adriana também é uma defensora do meio ambiente. Em suas criações, ela utiliza materiais recicláveis como lacres de latas, garrafas plásticas e outros resíduos reaproveitados, além de recursos naturais como capim, fibra de coco e sementes. Com isso, transforma o que seria descartado em peças únicas e sustentáveis — contribuindo para a preservação da natureza e promovendo a conscientização ambiental através da arte.

Foto divulgação Dry Artes/JC.
Foto divulgação Dry Artes/JC.

Correntina sempre foi solo fértil para a arte popular. Já tivemos artistas como Nézio, que transformava latas de óleo em utensílios como cuscuzeiros e copos, reinventando o cotidiano com criatividade. E os tradicionais potes e moringas de barro, moldados pelos geraizeiros — povo antes marginalizado, hoje reconhecido como símbolo de resistência e cultura viva — são outro exemplo da força artesanal que marca nossa história.

Foto divulgação Dry Artes/JC.

Infelizmente, muitos ofícios tradicionais vêm desaparecendo. As feiras, que antes abrigavam estandartes de vassouras de palha, esteiras, cestos e outros objetos utilitários, hoje são ocupadas em sua maioria por produtos industrializados. A praticidade da indústria substitui lentamente o trabalho manual — e, com ele, a ligação afetiva com os objetos do dia a dia. Mas nem tudo está perdido.

Foto divulgação Dry Artes/JC.

Cabeças criativas ainda resistem. O espírito do artesão vive em pessoas como Adriana, que deixou a zona rural para estudar na cidade e acabou ficando — trazendo consigo as raízes do interior e espalhando sua arte entre nós. Sua produção não é apenas fonte de renda, mas um ato de permanência cultural, uma forma de manter viva a identidade do povo correntinense.

O artesão de cidade pequena tem um papel que vai além da estética: ele preserva saberes ancestrais, traduz o cotidiano em beleza e dá voz a uma cultura muitas vezes silenciada. Valorizar esses profissionais é garantir que a história continue sendo contada, não apenas em palavras, mas também em formas, texturas e cores que falam diretamente ao coração — e, no caso de Adriana, também em respeito à natureza e ao futuro do nosso planeta.

Contato pelo WhatApp (77) 98812.6471.
Instagram @dri_artes

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.