Publicado em 21/10/2025, às 22h05.
Construtoras vão investir em moradias populares em Correntina
Teoney Araújo Guerra*
O ano da 2026 deve se tornar um “ponto de virada” para o mercado imobiliário correntinense. Com o aporte de investimentos no setor de moradias populares por incorporadoras que vão chegar à cidade.
A informação foi-me passada por um desses investidores, em conversa por telefone, e por um empresário local, que vendeu lotes em dois dos seus loteamentos para uma empresa “de fora”.
Um desses empreendimentos deverá ter 150 unidades habitacionais, e será implantado pelo programa Minha Casa, Minha Vida – faixa 1 –, em três etapas, cada uma com a construção de 50 residências. A área para o futuro empreendimento já teria sido adquirida, e o projeto se encontra em fase de elaboração. De acordo com a fonte.
Do outro empreendimento, não me foi informado detalhes. Foi dito apenas que uma empresa, do Distrito Federal (DF), adquiriu mais de uma centena de lotes para a construção de casas populares.
A atuação dessas duas incorporadoras vai dar uma nova dinâmica ao setor imobiliário local, atendendo a uma demanda reprimida por habitações que há em Correntina. Demanda essa que ocorre não apenas na faixa mais baixa do Minha Casa, Minha Vida, mas também nas faixas de cima.
Essa nova realidade que se descortina para o mercado imobiliário local é motivo de preocupação para um pequeno construtor local, com quem conversei, há alguns dias. Teme esse empresário, que investimentos assim, possam inviabilizar o seu negócio. Mas, acredito que isso não ocorrerá. Em outras cidades onde residi e trabalhei, em especial, em Eunápolis, onde morei por quase três décadas, a chegada de grandes investimentos não tirou do ramo os pequenos construtores, ao contrário, gerou nichos que foram por eles aproveitados.
O próprio mercado imobiliário se expande muito, abrindo novas oportunidades para os “pequenos”.
Acredito que, mesmo nesse segmento da faixa 1 de programa governamental haverá oportunidades para os construtores locais.
O que se pode antever é a ampliação do mercado imobiliário local, com o aumento da oferta e da demanda. Creio que o impacto desses novos empreendimentos será altamente positivo, fomentando o comércio, a geração de emprego e renda, a atração de mão-de-obra especializada, a criação uma nova mentalidade desenvolvimentista, e, principalmente, atender a essa demanda reprimida por imóveis que há na cidade.
*Teoney Araújo Guerra é Corretor de Imóveis, Jornalista provisionado e colaborador do Jornal de Correntina.
