Publicado em 13/11/2024 às 21h08.

Foto da internet.

O consumismo é a “magia” do Natal

Por Vanilson Cardoso

É chegado o período Natalino. Este evento que é tradicionalmente conhecido como um período de celebração, reflexão e renovação, tem sido gradualmente substituído por uma cultura de consumo excessivo. O que antes era uma época de compartilhar momentos, agora se tornou sinônimo de compras, presentes e excessos. Augusto Cury já alertava que: “vivemos numa sociedade consumista, numa sociedade de desejos, e não de projetos existenciais. Ninguém planeja ter amigos, ninguém planeja ser tolerante, superar fobias, ter um grande amor.”

O consumismo, essa “magia” do Natal, nos leva a crer que a felicidade pode ser comprada. Anúncios publicitários nos bombardeiam com ofertas irresistíveis, criando uma sensação de necessidade artificial. O crítico George Orwel já admoestava que “a massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.”

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No entanto, essa “magia” tem um preço. O consumismo desenfreado gera uma cultura de descarte, onde objetos são rapidamente substituídos por novos. “A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas.” Karl Marx
O impacto ambiental é devastador, com a produção de resíduos e o desperdício de recursos naturais. Além disso, a pressão para consumir cria estresse financeiro e emocional, afetando a saúde mental e as relações sociais.

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Mas há uma alternativa. Podemos resgatar o verdadeiro significado do Natal, priorizando a conexão humana, a gratidão e a simplicidade. É preciso sermos imbuídos de que este período não gira entorno do consumo. O Natal é para além das grandes compras. Ele ocupa um espaço de esperança e novas perspectivas. Afinal já dizia o filósofo: “Não somos ricos pelo que temos, e sim pelo que não precisamos ter.” Kant

Texto de Vanilson Cardoso. Bacharel em Filosofia e cursando Teologia.

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