Publicado em 01/09/2024 às 16h18

Vanilson Cardoso.

Um Homem além do Ministério Religioso.

O dia 01 de setembro tem lugar especial na memória do povo correntinense. Faz evocar a imagem do Pe. André.

Pe. André Bérenos foi um homem que esteve além da imagem religiosa. Abraçou Correntina como um filho que abraça a mãe amorosamente. Fez dela sua joia predileta, da qual cuidou e amou.

É justo fazer memória do Padre que celebrou, atendeu e correspondeu às funções clericais. Mas é tão justo também fazer memória do homem que foi André, que olhou para as necessidades sociais e econômicas deste município.

Sua visão progressista fez com que os mais necessitados tivessem espaço em uma cidade que ainda engatinhava para o progresso e desenvolvimento.
Pe. André, ao chegar em Correntina, não foi somente Padre, mas foi médico, advogado, professor, farmacêutico, mestre de obra, operário e fazia muitas vezes o papel de prefeito e vereador. Não deixou de olhar para as necessidades do povo, foi humano, compadeceu dos pequeninos.
Carregava consigo a vontade de ajudar e de somar as forças.

Um homem além do seu tempo. Nunca deixou Correntina ser rebaixada por suas fragilidades, mas olhou para ela sempre visando seu potencial. Com este olhar, construiu o Educandário São José, de um nível a se comparar com o de Santana, o mais importante da região na época. Viu na educação o primeiro Pilar de evolução do nosso município.

Pelas dores e sofrimentos, fez-se erguer a Maternidade Santo Afonso, primeiro polo de qualidade a serviço da saúde do município. Olhou para os sem teto, fez-se erguer o Bairro São José. Viu os famintos, criou a Panificadora São José. Compadeceu-se dos idosos, criou o abrigo. Não satisfeito, quis que o povo tivesse informações, criou a Rádio Carícia. E assim criou tantas outras obras sociais. Todas elas para fazer de Correntina um lugar melhor.

Usou de seus benefícios para o progresso do município, não se sucumbiu à avareza que sempre foi tão presente nos homens de poder desta cidade. Ele, ao contrário, fez do seu o de todos.

Não se limitou somente à Igreja, fez de seu ministério uma verdadeira doação ao povo correntinense. Ao se unir aos pobres, ele não apenas cumpriu sua vocação cristã, mas também se tornou um agente de transformação social. Através de suas ações concretas, ele manifestou o amor de Cristo aos mais necessitados.

Deste modo, neste dia de feriado municipal, recordamos com saudosa memória do homem Padre que se dedicou pelo bem de um povo. Assim concluo suas próprias palavras: “Quando eu estava no seminário para estudar, eu rezava muito para o povo onde eu iria servir Cristo durante a minha caminhada de sacerdote. Que povo era, eu ainda não sabia, não conhecia Correntina. Eu queria me dispor para servir a Cristo e onde ele me colocasse, ali eu estaria. E eu fiz isto e a sorte foi Correntina.” (Pe. André Frans Bérenos – Trecho do discurso na Câmera Municipal de Correntina em 04 de novembro de 2005. Em comemoração aos 50 anos de sacerdócio.)

1 COMENTÁRIO

  1. E, por falar na “avareza que sempre foi (e ainda é) tão presente nos homens de poder desta cidade”, um desses homens há 16 anos no poder, que meteu a mão em 100 milhões do IMUPRE, xinga, ofende, persegue os professores, gastou os seus precatórios com o aval dos traidores da categoria e se nega a pagar o retroativo do piso salarial estabelecido pela Lei do FUNDEB, é cria de Padre André.

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