Publicado em 10/03/2025 às 13h33.

PROMOTOR DE JUSTIÇA, QUE ATUAVA NA COMARCA DE CORRENTINA, ARTHUR RIOS, IMPÕE TRÊS AÇÕES JUDICIAIS CONTRA O PROFESSOR IREMAR.

Foto: Promotor de Justiça do Estado da Bahia Arthur Rios.

O Jornal de Correntina (JC) tem a finalidade de informar aos leitores sobre notícias e fatos deste município.
O assunto abaixo, que é de extrema relevância, ao chegar  ao Jornal de Correntina, sentimos o compromisso de trazer ao conhecimento dos nossos leitores. Por se tratar de uma matéria delicada, como sempre fizemos, vamos nos ater tão somente aos fatos apresentados.

Ressaltamos que todas as informações abaixo foram obtidas através do Professor Iremar Barbosa de Araújo, que atua há mais de 25 anos como professor em Arrojelândia.

Foto: Professor Iremar Barbosa de Araújo.

O JC, por ser imparcial e não fazer juízo de valores, por fazer o papel de uma imprensa livre, procurou verificar de perto os fatos apresentados e pode ter acesso às fotografias do processo, bem como foi ao local, na região de Arrojelândia e Arrojadinho, onde comprovou e documentou com fotografias e vídeos como vivem as pessoas pelas quais o professor Iremar buscou a ajuda do Poder Público.

As informações abaixo foram obtidas do Professor Iremar:

Entre os anos de 2020 e 2021, em função da pandemia do COVID 19, o professor Iremar (juntamente com os demais trabalhadores da Escola de Arrojelândia) faziam visitas às casas dos estudantes, entregando atividades pedagógicas, o que os levaram a presenciar incontáveis situações de risco e vulnerabilidade pelas quais passavam aquelas famílias, fatos que o levaram a procurar ajuda do Ministério Publico. Após isso, desencadeou uma série de problemas para o professor, o mais grave deles, relatados pelo próprio IREMAR, é de que o Promotor Artur José Santos Rios havia imposto três processos contra ele”.

Numa dessas visitas, encontrou-se residências, como as apresentadas abaixo:

Foto: Obtida pelo professor Iremar e está nos autos – Nesta casa moravam 8 pessoas: a mãe, os 6 filhos/as e o padrasto.
Foto: Obtida pelo professor Iremar e está nos autos – Nesta, moravam 9 pessoas: a mãe, 8 filhos/as e o padrasto.

Após essa primeira, mais uma notificação foi feita, desta vez pelo professor Iremar e uma agente de saúde local.

Passados 4 anos, o professor Iremar recebeu uma Notícia de Arquivamento. É que as queixas haviam se transformado em procedimento administrativo junto ao MP local, IDEA nº 096.9.185653/2021.

Na Notícia de Arquivamento, feita pelo Promotor de Justiça de Correntina, à época, Sr. Artur José Santos Rios, consta que o município fará tudo que estiver ao alcance do ente, “dentro do espectro da possibilidade/disponibilidade/discricionariedade”, “e não se vislumbrando qualquer fato pendente de apuração”, o Sr. Promotor promoveu o arquivamento das queixas feitas pela agente de saúde, pelo professor Iremar e mais 11 professores.

Como o único a receber a notícia do arquivamento foi o professor Iremar, este tratou logo de revisitar as famílias citadas por ele e mais 12 pessoas. E se surpreendeu ao ver que algumas situações estavam em condições muito mais difíceis.

Foto: Obtida pelo professor Iremar, após saber do arquivamento da corregedoria do MPBA.
Foto: Obtida pelo professor Iremar, após saber do arquivamento da corregedoria do MPBA.

 

Assim sendo, socorreu-se da Corregedoria para pedir, justamente, a reabertura do IDE nº 096.9.185653/2021; o afastamento do promotor desse caso específico; a orientação ao promotor para cuidar desse tipo de procedimento e, finalmente, que a Prefeitura Municipal, de fato, fizesse as residências para as famílias em aflição, que na época era o prefeito Nilson José Rodrigues (Maguila), do PC do B.

 

 De sua vez, a Corregedoria do MP da Bahia, também arquivou a queixa, sob a argumentação de que o promotor havia provado que a Prefeitura vinha praticando seu “programa habitacional”, conforme relatórios e fotografias que comprovam tal discurso.

De posse desse arquivamento da Corregedoria, o Promotor de Justiça Sr. Artur Rios apresentou 3 ações judiciais contra o professor Iremar, a saber:

 

1.Uma ação de dano moral, no valor de R$ 56.480,00 (cinquenta e sei mil, quatrocentos e oitenta reais;

2.Uma interpelação judicial;

3.E uma ação crime.

Agora, no mês de janeiro, este Jornal também foi instigado a visitar as residências citadas pelos professores e pode comprovar que, de fato, as famílias permaneciam em condições ainda piores.

A situação é deplorável e de completo abandono pelo poder público, um esquecimento total em um município que tem uma receita de quase 500 milhões por ano. Nas fotos e vídeo abaixo, obtidas pelo jornal de Correntina, é de cortar o coração de qualquer um. E o mais triste é saber que quem luta por esses esquecidos e abandonados pelo poder público, recebem como louvor “três processos”.

O Jornal de Correntina não tem dúvida e acredita no Judiciário de Correntina, bem como na Nobre promotora de Justiça, Suelim Iasmine do Santos Braga, tutora pelos processos, em fazer justiça, trazendo dignidade a esses correntinenses que vivem muito abaixo da linha da pobreza e compreender a causa pela qual esse ilibado professor, que conhece como é de fato os rincões do nosso município. O professor Iremar vive isso no dia a dia, e não é fácil dormir sabendo que seus alunos voltam para casa e continuam suas vidas em situações tão desumanas, em ranchões de palha e de lona.

Por tudo isso, o Jornal de Correntina se coloca à disposição do promotor supramencionado para acompanhá-lo ao local dos fatos para que, pessoalmente, constate que de fato nenhum passo foi dado pelo poder público em favor daquelas pessoas, tampouco de outras famílias que vivem em situação de extrema vulnerabilidade naquela região. colocamo-nos à disposição também do MP local para maiores contribuições.

Foto: O jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.
Foto: O Jornal de Correntina esteve neste local em 15/01/2025.

Os vídeos abaixo foram produzidos pelo Jornal de Correntina em 15/01/2025.

2 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns ao professor Iremar pela sua coragem e empatia ao próximo.
    Nós confiamos no MP da Bahia e temos certeza que o final desta história não será está atual, onde um professor é processado por querer melhorias aos seus alunos. Cadê o artigo 5° da constituição federal de 88?
    Parabéns ao Jornal de Correntina por sempre nos manter informados pelo que se passa em todo nosso município.

  2. Inacreditável!
    Absurdo, vindo de um promotor de justiça, que tem o dever de proteger a sociedade, fiscalizar a aplicação das leis com imparcialidade, aparece com uma atitude contraditória desta. O que realmente tinha nos bastidores com a gestão anterior? Transparece interesse particular de autoridades para camuflar as obrigações constitucionais.

    Força Iremar, contra fatos não existem argumentos contraditórios para superar verdades.

    Se realmente for comprovado a litigância de má fé por parte do promotor, representa contra o mesmo, porque ninguém está acima da lei, para abusar do pode que lhe confere para ser exercido dentro dos ditames legais. O conselho do Ministério Público existe para punir promotores promotores que violar suas prerrogativas.

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