Publicado em 07/04/2025 às 20h01.
O JC recebeu o texto abaixo de um leitor, o qual foi postado no instagram pelo nobre correntinense Vagner Rocha que tem a facilidade de uma escrita alegre e bem humorada. E queremos saber se você leitor concorda ou não com o texto bem humorado do Dr.
”Antigamente, ir ao Ranchão em Correntina era quase uma experiência espiritual. Atravessar a ponte de pedestres com aquele ventinho do rio no rosto, ouvindo o som das águas e já sentindo o cheiro de fritura e forró no ar, era praticamente um ritual sagrado das tardes e noites da cidade.
Mas hoje… hoje o que temos ali é um atentado ao bom gosto e à dignidade do cidadão correntinense. A começar pela decoração: no meio do bar, como quem colocou um elefante no meio da sala, tem uma câmara fria gigantesca, mais feia que promessa de político em época de eleição. O trambolho virou ponto turístico: todo mundo passa, olha, ri e se pergunta se aquilo é uma geladeira ou uma nave espacial.
As cadeiras? Ah, as cadeiras… aquelas clássicas de velório, brancas, encardidas, que a funerária empresta quando o defunto é conhecido. Estão espalhadas pelo Ranchão como se estivéssemos todos esperando o enterro da dignidade daquele lugar.
E os banheiros, minha gente? Quem sobrevive a uma ida ali sem sair com trauma merece medalha. É mal cheiro, papel higiênico voando e uma sensação constante de que você está sendo punido por alguma coisa que fez na vida passada.
E tudo isso sob a regência de uma administração que parece ter sido escolhida num bingo da incompetência. Troca o governo, troca a gestão, e cada vez piora. Já foi palco de bons shows, bons drinks e boas memórias. Hoje, virou um boteco de beira de estrada, daqueles de corrutela onde o dono vende pinga com mosca e pastel de vento.
O Ranchão é nosso, é da cidade, é do povo. E o povo quer de volta aquele bar cheio de vida, com charme, com alma, e não esse puxadinho de velório com cheiro de banheiro químico”.
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