Publicado em 17/10/2022 às 16h30
Por Alorof, codinome do poeta correntinense Aloizio França.
RUA ÁLVARO DE FARIAS
A chegança de Elialdo e Francinete para morar na Rua Álvaro de Farias, naquela cidade carícia; provocou algumas pequenas alterações na vizinhança.
A dita rua, que era Bela de Olegário para cima, constatou que dona Benedita rapa pau para fazer colher; e confirmava ” Ó Dilon é um bom vizinho” mas ele se foi. Benigno, em suas atitudes de paletó e tudo, não quis ficar para cortar o cabelo de Elialdo.
Assim também Ném e Elias de Benigno saíram cantarolando. Já o notável Paulo da velha Euzébia, e suas irmãs, fugiram para não fazer moringa e nem pote para Francinete. A velha D. Siana quando soube que mais uma professora iria morar naquela rua; logo fechou a sua escola e seus olhos. Deixou o filho Fabinho num Rio de Janeiro a Dezembro.
Seu Moacir não quis ficar para não ter que telegrafar avisando a novidade da rua. E dona Mariazinha não fez nenhuma boneca de pano para Francinete. A bezerrada cresceu, amojou, pariu e deu no que deu: Xixico ficou com a fama por causa de um jumento (hieno). Fiscalizando, ficou Pedro Guarda e não guarda filhos para tudo que era canto da sua casa. Lá na frente, os olhos de pálpebras viradas e vermelhas, daquela gente amiga. Enquanto isso, seu Ludu ” gero ou não gero mais filhos aqui em casa?”.
Essa era a sua dúvida. Mas já havia Jonas (sem a baleia) tão solícito mas não esperou para aplicar a vacina da Covid-19 em Francinete. Preferiu fazer um eterno retiro espiritual. Lá mais acima, tinha seu Luizim, cá xingando, porque deixou de tocar o bumbo da Banda. E a rua foi mudando até Uma a Uma das casas serem modificadas.
Naquela rua, passava todos os dias o avô de Francinete, pilheriando com toda essa gente; seguindo rumo ao Cancelão ou ao Morro do Estreito; e só de ouvia a frase ” queta Osvaldo, queta !”
Qundo se conhece a gente, o conto, de quem conta fica belo!
Quem sabe assim diria Dona Francinete!
Parabéns pelo texto!
Sensacional! Como uma pessoa consegue fazer algo tão interessante assim? Só pode ser uma inteligência rara. Alorof foi meu colega no antigo Educandário São José. Fomos alunos da saudosa “irmã Zélia Magalhães Brandão.”
@pastoravalda54
Marivalda realmente é lindo. Principalmente para você que gosta de escrever sabe como o texto de Alorof é espetacular. E como sei que você gosta de escrever, quero fazer um convite para publicar aqui os seus textos. Ficaremos felizes com seus texto, pense nisso.
Sensacional! Como uma pessoa consegue fazer algo tão interessante assim? Só pode ser uma inteligência rara.
@pastoravalda54