Publicado em 16/02/2022 às 20h33
PT MEXE NO DENDÊ DA POLÍTICA BAIANA: Lula cogita abrir mão de candidatura de Jaques Wagner para seduzir PSD de Kassab.
Nos bastidores cresce o nome de Otto Alencar para disputar a sucessão estadual contra o ex-prefeito ACM Neto; Senador Jaques Wagner nega.
Visando seduzir o PSD em prol da sua candidatura à presidência da república, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sinaliza em mexer uma importante peça no xadrez político para a tão cobiça cadeira no palácio de Ondina. Nos bastidores petistas já se cogita a possibilidade de abrir mão de uma candidatura própria na Bahia, o maior reduto eleitoral no Nordeste.
Nessa nova composição, o senador Jaques Wagner abriria mão do pleito e daria lugar ao também senador Otto Alencar (PSD-BA), na disputa cada vez mais acirrada com o ex-prefeito da capital baiana, ACM Neto (UD). Nesse cenário ainda teríamos a candidatura do atual governador Rui Costa (PT/BA) ao Senado. Essa articulação política esteve na pauta de discussões no encontro realizando nesta terça-feira (15), em São Paulo.
Estiveram presentes nessa reunião Lula, a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Jaques Wagner, Otto Alencar, Rui Costa, além do vice-governador da Bahia, João Leão (PP-BA), que assumiria o governo estadual em caso de renúncia de Rui Costa em abril para concorrer ao pleito.
Como tudo na política é muito dinâmico e pode mudar em um piscar de olhos, após o encontro em sua conta pessoal no Twitter, Senador Jaques Wagner confirmou o encontro com Lula e a pauta da sucessão estadual na Bahia, mas negou que pretenda tirar seu nome da disputa para sucessão estadual.
“Nosso objetivo é fortalecer a unidade do grupo para ganharmos mais uma vez na Bahia e com Lula. O quadro continua o mesmo, com minha pré-candidatura ao Governo e o desejo de Otto e Leão de disputarem o Senado. Política é assim: se conversa muito até se chegar a um consenso”, disse.
Apesar do clima de mistério, interlocutores e lideranças ligadas ao PT revelaram que o encontro serviu para ventilar o nome do senador Otto Alencar como uma alternativa factível da base aliada na disputar contra ACM Neto.
O iminente desembarque de uma candidatura petista ao governo do estado da Bahia, após 16 anos, sinaliza uma aproximação com o PSD de Gilberto Kassab, legenda que está no radar de Lula. O PT articula ainda uma aliança com o PSD em outros estados da federação como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Sergipe.