Publicado em 02/03/2023 às 18h51
O grupo Ilê Aiyê tornou assunto nacional nesta semana. O grupo é presidido pelo Vovô, o presidente Antônio Carlos dos Santos.
O grupo Ilê Aiyê, que significa em língua iorubá significa “casa” (ilê) e “terra” (aiyê), evidência da proximidade do grupo com o candomblé. O próprio ritmo adotado, ijexá, deriva da religião dos orixás.
Na comemoração do 50 anos do grupo tradicionalíssimo de Salvador, o presidente cogitou em abrir a participação para pessoas de ETNIAS BRANCA, mas retrocedeu e informou que vai analisar com a comissão do grupo e isso virou polémica.
Vovô comento que: “Em respeito à luta e a tradição do Ilê, nestes 50 anos, ainda não é chegada a hora dessa abertura”, destacou Vovô que recebeu críticas de diversas personalidades”.
A atenção a esse tema, porém, não se sobrepõe à consciência que a diretoria do bloco Ilê Aiyê tem sobre a importância do seu papel, da sua luta e da sua tradição, e sobretudo acerca do compromisso de manter-se como um reduto poderoso de resistência dedicado ao povo preto no Carnaval de Salvador”.
Assim, o bloco Ilê Aiyê esclarece que ao considerar tal possibilidade – que veio à tona sobretudo com a intenção de levantar a reflexão sobre um enaltecimento do bloco muitas vezes restrito ao período do Carnaval – o presidente Antônio Carlos Vovô em nenhum momento afirmou ser essa uma decisão oficial do bloco. Em 2024, o Ilê Aiyê completa 50 anos de trajetória e, mais do que nunca, esse será o momento de honrar suas conquistas”.
“Os brancos serão sempre bem-vindos nas festas, shows e ensaios do bloco. Mas o desfile do Mais Belo dos Belos no Carnaval de Salvador tem a sua beleza no agrupamento festivo e exaltação de pessoas de pele preta e assim permanecerá sendo”.
Você correntinense concorda com essa exclusão da cor branca em um grupo? Caso tivesse um grupo de carnaval que não permitisse pessoas de cor preta teria o mesmo tratamento do grupo Ilê Aiyê pela mídia?
Nos dias de hoje podemos restringir um participante pela sua cor de pele? Deixa o seu comentário no Jornal de Correntina. Esse tipo de assunto é de grande importância para nossa cidade e para a nossa Bahia.
Toda exclusao eh nociva e politizar regras de determinados grupos nao ajuda ninguem.
Nas palavras do Vovo, todas as pessoas sao aceitas, porem no desfile somente as pessoas do bloco.
Historicamente devem ter suas razoes.
Bom dia Félix. Entendo o Vovô e sabemos que é um grupo muito importante na cultura Baiana e Brasileira, mas esse pontinho dele ter uma razão para não aceitar BRANCO é onde mora o perigo. Abre precedência para o inverso, você não acha?
Absurdo ,escandaloso, se fosse o contrário a imprensa estaria fazendo sensacionalismo de discriminação, racismo.ISTO É RACISMO DA COR BRANCA
Diana seu comentário é muito importante. A discriminação tem que ser combatida nos 360 graus. Contra todos. Você também acredita que a discriminação trás mais discriminação?