Publicado em 31/08/2023 às 17h55
Amanhã, 1º/9, a cidade de Correntina pára para homenagear o herói correntinense, Monsenhor André Frans Bérénos. A partir das 5h terá início com a programação de Alvorada pelas ruas da cidade, participação da filarmônica Eratos Correntinense e encerará às 18h, com a celebração da Missa Solene.
O Município de Correntina do antes e depois da vinda e passagem do Padre André!
Monsenhor André como era conhecido em nossa Diocese, se tornou um padre e Servo de Deus, ele sacerdote que colocava em prática a mensagem do Bom Jesus, lutava constantemente pela unidade dos povos, raças, e crenças seu desejo era que fossemos um só povo e rebanho.
Padre André lutou pelos pobres, as organizações sindicais, das comunidades de Bases, e se revelou na administração da Paroquia e suas obras sociais, e um destaque especial ao apoio a fundação das Rádio Carícia Correntina, e Radio Bom Jesus AM hoje as duas emissoras católicas Fm.
André Frans Bérénos, nasceu em 07 de abril de 1919 em Paramaribo, Suriname (Antiga Guiana Holandesa), precedente de família fervorosamente cristã católica. Seus pais Sebastião Oostburg, Professor, sua mãe Gertudes Catarina Bérénos, do lar; pais de 5 filhos, sendo André Bérénos o casula, numa diferença considerável de idade entre seus quatro irmãos. Passou a frequentar a escola aos 5 anos de idade onde recebeu ensinamentos religiosos, ingressou na catequese, e aos 07 anos realizou o seu grande desejo de receber Jesus no seu coração pela 1ª vez.
Aos 12 anos de idade por ocasião de uma pequena cirurgia na sua terra natal, estava no hospital em fase de recuperação, como um grande estudioso teve a curiosidade de ler a história de São Francisco de Assis, ficando fascinado com seus atos, naquele momento sentia que algo tocava profundamente o seu coração, confirmando o chamado de Deus a imitar esse grande Santo, e assim este adolescente foi estabelecendo sua vida, buscou a Igreja onde foi integrando as atividades juntamente com outros jovens; como grande observador ficava atento a observar a vida e a santidade dos padres religiosos, redentoristas e franciscanos que ia marcando também sua vida e aumentando o fervor e a certeza de que queria tornar-se um padre.
Em Agosto de 1949 aos 30 anos de idade chegou ao Brasil para ingressar no seminário por intermédio de Dom João Batista Muniz de Barra, chegando ao Rio e Janeiro, aperfeiçoou o latim e o português.
Tornou-se sacerdote no dia 08 de dezembro de 1955, com 36 anos de idade na diocese de Barra do Rio Grande e seis meses depois é designado por Dom Muniz, Bispo de Barra para a Paróquia de Correntina, com a incumbência de também ser o vigário de Santa Maria, aos 21 dias do mês de Junho de 1956 chegou a Correntina onde não foi recebido com pompa e festa.
Na década de 80 recebeu a medalha de honra ao mérito das mãos do cônsul Holandês oferecido pela Rainha Holandesa em reconhecimento do trabalho de um holandês em outro Pais; no dia 07 de abril de 1990 o Papa João Paulo II concedeu o título de Monsenhor, recebendo o mais caro reconhecimento da maior autoridade da Igreja católica. Na ocasião dos 40 de sacerdócio em 1995 a Câmara de Vereadores de Correntina o agraciou com o seu nome a Praça da antiga Matriz através da lei número 448/95 de 23 de outubro de 1995.
Pela ocasião da mesma festa Jubilar no dia 02 de dezembro num ato solene Padre André recebeu do poder público o nome da nova ponte do Rio de Correntina. Muitas homenagens no decorrer do ano de 2005 , Padre André recebeu nas várias comunidades da Paróquia de Correntina e nas Paróquias de Santa Maria da Vitoria, Canapolis, São Felix, Bom Jesus da Lapa e Jaborandi.
A sua presença nestes 50 anos dois meses e dez dias foram marcados de muitos ensinamentos e testemunhos e de muitas obras deixadas para o povo, na área da educação deixou Centro Educacional de Correntina, a escola Família Agrícola e Centro de treinamento de líderes; na defesa dos trabalhadores rurais deixou o Sindicato, a saúde e assistência social, deixou a casa de saúde e Maternidade Padre André, Abrigos dos idosos e casas Populares, na área da comunicação deixou a Rádio Caricia FM, eternizando assim a sua voz. Entre tantas Igrejas, Salões comunitários deixou também patrimônios para auto sustentação das Igrejas sem enumerar as obras deixadas fora do município de Correntina. Padre André deixou um grande legado para o povo, esta data 01 de setembro que institui o feriado municipal, dia do falecimento de Monsenhor André Frans Bérénos conforme a lei municipal número 740/2006 de 10 de outubro de 2006, será sempre marcada como dia de memória, celebração, resgate e continuidade do projeto de Deus implantado por ele para o povo de Correntina.
Após a sua morte Correntina inaugura uma nova fase sem a presença física de Padre André e seus sinais vão manifestando, em reconhecimento de sua vida sempre dedicada ao bairro São Jose onde morou desde a sua chegada, através da lei 774/2007 de 12 de junho de 2007 muda o nome da rua da extrema do referido bairro que passa denominar-se Avenida Monsenhor André.
Para manter vivos os seus sonhos ideais e obras em 19 de maio de 2008, foi criada a fundação cultural e educacional Padre André Bérénos e que no dia 25 de agosto de 2010 esta casa Legislativa votou o projeto de reconhecimento de utilidade pública municipal e no dia 27 de agosto foi sancionada pelo executivo municipal a lei de número 827/2010, como umas das conquistas seguidas de outras que estão por vir. Pela sua história de vida e dedicação, o povo foi lhe concedendo vários títulos: o sacerdote do povo, Mestre e construtor da paz, baluarte da educação, Patrimônio Cultural e religioso de Correntina, o Profeta do sertão, o Pai dos pobres e no dia 01 de setembro de 2006, data de sua partida o povo o consagrou como eterno pároco de Correntina.
Bela homenagem meu amigo Neto!