Publicado em 21/06/2024 às 22h31

Por Antônio Rocha Souza.
Por Antonio Rocha Souza.

CORRENTINA NO CORAÇÃO DE GOIÁS

Não duvide! O correntinense está em todo lugar e em tudo quanto é canto. E não é de hoje…! Em Goiás então…! Remexa e procure e há de achar. Eles estão por todos os bairros de Goiânia, nos arredores, no interior e, quiçá, em todos os municípios do Estado goiano.

Foto: Vila cenográfica na PUC em Goiânia.

Vivendo assim distante da terra natal, às vezes bate uma saudade absurda. As lembranças vêm, as recordações desabam e o desejo de rever o berço natal e de abraçar a sua gente, de beijar o seu solo, acariciar as suas águas descansando debaixo de suas arvores, se tornam vontade incontida.

Foto: Vila cenográfica na PUC em Goiânia.

Parece tarefa difícil pra quem mora em Goiânia e arredores… Mas não é…!   É que, logo ali, no Campus da PUC-GO, plantaram uma réplica da última cidade do oeste baiano. Trata-se de uma Vila Cenográfica, dentro do chamado “Memorial do Cerrado Pe José Pereira de Maria.” Uma beleza de obra, idealizada pelo correntinense professor Altair Sales e aprovada pela Universidade Católica de Goiás, na pessoa do chanceler Pe Pereira.

Foto: Vila cenográfica na PUC em Goiânia.

Uma obra prefeita, que reproduz em tamanhos originais uma antiga Vila, que bem retrata a ocupação do cerrado central pelos portugueses. Nela, pode ver de maneira fidedigna os traços arquitetônicos e ambientais da antiga cidade, tendo como destaques pontos de relevo como: casas comerciais, prestações de serviço, complexo industrial, sistema de comunicação jornalística, sistema de produção agrícola, com destaque a pessoas e lugares que promoveram o crescimento do município.

Foto: Vila cenográfica na PUC em Goiânia.

Além disso, a Vila Cenográfica, que também é conhecida por Vila de Santa Luzia, retrata em simultâneo os espaços urbanos e rurais de uma época. O local também se destaca pela recepção e acolhimento de turistas brasileiros e estrangeiros, visitantes, curiosos e a comunidade escolar em geral. Ali, vários estudantes da capital e do interior costumam freqüentar em grupos de turmas, para realização de trabalhos de pesquisas e estudos. Olha ai!… Eis a nossa história voando mundo afora e pousando em outros lugares…

Foto: Vila cenográfica na PUC em Goiânia.

Então, se você é um correntinense de nascimento ou por adoção, e que de repente sente a saudade bater, tire um tempinho de folga e mate a sua saudade desfrutando desse aconchegante ambiente. Que por sinal é agradabilíssimo e retrata em si o nosso ambiente e a nossa cultura. Lá você encontrará muitos legados, das gerações que nos antecederam. Além de entretenimento, pode-se encontrar e degustar as mais preciosas iguarias dos frutos do cerrado. Dentre elas o jatobá, bacupari, cascudo, cajuzinho, pitanga, araçá, puçá, cajá, pequi, mangaba, cagaita e outros… já que a nossa memória também passa pelas sensações como: olfato, tato, audição e também o paladar.

Foto: Vila cenográfica na PUC em Goiânia.

De fato, um espaço que enaltece e nos enche os olhos. Valorizando sobremodo a nossa gente e o nosso lugar. Trata-se de elementos que por certo ajudam a compor e a entender a nossa identidade. É o tipo de coisa que eleva a autoestima do nosso povo, estimula o seu senso de pertencimento, do cuidado e da defesa do patrimônio cultural, ambiental e econômico. Sim. É preciso conhecer para amar! Conhecer a história de Correntina é um imperativo para todo correntinense e que faz bem. Só assim se pode construir uma cidade que seja de todos e pra todos. E que seja o orgulho, a jóia, e o espaço no qual, juntos, todos possam conviver e se sentir bem.

Alem disso, é a Vila um excelente centro de pesquisa etnográfica, dos sistemas de produção agrária, do complexo dos acervos técnicos, dos modelos de tipografias e exemplares de jornais de época, no contexto das Vilas do século XVIII.  O Museu foi inaugurado em 1999 e representa as diversas formas de ocupação do bioma e os modelos de relacionamento do homem com a natureza e a sociedade. E, por fim, é bom que se diga que a Vila recebeu em 2008, o prêmio como o lugar mais bonito de Goiânia.       16/06/24 ARS

3 COMENTÁRIOS

  1. Bom dia meu irmão vamos em Deus, estava lá, fui um dos participantes na criação, apoiando e contribuindo pra que essa linda e eterna obra idealizada pelo nosso amigo irmão Dr Altair filho da mesma, com muito amor e dedicação implantou a réplica da vila de Correntina no coração de Goiânia…eu tenho muito orgulho dessa obra…era secretário de administração e finanças da época… teve o meu aval… só gratidão a Deus e aos inúmeros funcionários que dedicaram com muito amor a construção dessa obra de arte e cultural pra todos… felicidades é a minha expressão.

  2. Goiás acolhe nós e nossos irmãos de todo norte e nordeste, só que ta ne um limite e sobra apenas as periferias com a violência e a desigualdade. Estive recentemente em Barreiras e Lem, e não percebi o interesse dele por Brasília e Goiânia como se vê por aqui. E olha como Barreiras e Lem tá crescendo.

  3. Correntina perdeu muitos moradores depois das campanhas de povoamento do centro-oeste. Com a criação de Goiânia na década de 30 e depois Brasília na década de 60. Hoje estamos com pouca população.

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