É a vida tem dessas coisas! Em que pese o momento pandêmico, onde o mundo, o Brasil e Correntina estão sendo sacudidos, abalados por mortes, muitas mortes, milhões, milhares, centenas, perda de familiares, sem despedidas, sem abraços, sem carinho no último momento da vida, pelo que, apresentamos nossos sentimentos pelas perdas, contudo, sabemos: a vida não pode parar…
E assim, eis que ressurge, “o Jornal de Correntina” que outrora, com o mesmo nome, Lucio Machado e Flamarion Costa, fizeram circular exemplares mensais pela Cidade e Região, historiando fatos e atos políticos e sociais e que agora, com roupagem virtual, eletrônica e tecnológica, sob a tutela de Antônio Neto, de novo, o Jornal de Correntina se diz: presente!
Fico a cavalheiro para fazer a citação supra, porque, participamos do primeiro e agora fomos convidados a escrever, contribuir neste novo processo, o que me envaidece, eu que alimentei a nossa comunidade com a Coluna do Lucinho, por algum tempo, com a pretensão de fomentar informações, princípios e valores, sempre com o propósito de dizer verdades, ofertando, modestamente, luzes para a escuridão!
Hoje, numa data especial (07.04), aniversário do eminente e saudoso benfeitor Padre André e (morte da minha mãe), nada mais justo do que trazer à baila a humildade, sabedoria, ideal, determinação, coragem, desprendimento e assistência social, praticados pelo Monsenhor André, sem prejuízo da sua atividade de ofício, sacerdote, enquanto representante de DEUS, como pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, na condução dos seus fiéis e seguidores da religião católica, numa época de desobrigas ao lombo do cavalo num Município gigantesco, quando Gatos, Arrodiador e Jaborandi não haviam se desmembrado, sem macular as demais religiões. Tendo com todos os demais líderes representantes de demais religiões uma postura ética e moral que sempre o dignificou dentro do espírito de respeito e galhardia!
Soma-se a tudo isso a sólida amizade de nosso saudoso “SANTO” André, ao nosso também, saudoso Pedro Guerra, um missionário salvador de vidas, de todo o Município e região, ao ministrar remédios manipulados ou industrializados, curando pessoas e gerando expectativas e surpresas aos médicos por curas surpreendentes, objetos do ofício vocacional, inspirados por Deus e pelo Espírito Santo, que altruisticamente viveu 103 anos, servindo ao seu povo e a sua gente! Isso enquanto “farmacêutico” com apenas o terceiro ano primário!
Porque enquanto político, só deu exemplos de autoridade pública humilde, homem sábio, integro, de visão futurista, juiz de paz, vereador, presidente da Câmara, Prefeito Municipal, empreendedor nato, obras de sua gestão que resistem ao tempo, Jardim da Praça Monsenhor André, (exceção feita à construção do famigerado ex-fórum), Mercado Municipal à margem do Rio Correntina!
A citação destes dois valores maiúsculos, que espelhamos aqui em poucas pinceladas, foram objeto de uso político quando da assinatura da Ordem de Serviços (OS), para a construção do ponte Monsenhor André, quando ambos em 2005 no dia 01 de maio, foram trazidos um do lado de Correntina, Pedro Guerra, e Padre André do lado do Bairro São José, quando e onde no centro da ponte, referendaram fisicamente, visualmente, a que sua excelência o Prefeito Municipal assinasse aquela ordem, construção que era anseio de todo povo correntinense. Quanta beleza, quanta emoção, quanta expectativa! Escrevemos na época que até o Rio chorou de alegria!
Decorridos quinze anos, lamentavelmente, já não temos mais nem o sacerdote, nem o farmacêutico, convivendo conosco, deles restou-nos os exemplos, as obras, o modelo de vida de cada um e tudo isso nos permite uma ampla e vasta reflexão, pois temos a mesma sociedade, o mesmo modelo administrativo e político e até o mesmo prefeito, daquela OS e ainda, quase oitenta e quatro por cento da operação tango instalados na Casa do Povo, numa hora que a mortalidade está descontrolada, também em Correntina, quem sabe não seria a hora de um profundo exame de consciência, para preservação de vidas!!!!
Lucinho