Publicado em 29/07/2025 às 09h53.

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A Era dos Mimadores na Política
Uma frase muito usada por nossos avós dizia que “mimo demais estraga a criança”. Pais sem pulso ou coragem para impor regras e limites criavam uma geração de jovens incapazes de lidar com frustrações, que jamais ouviam a palavra “não”.
Hoje, observo um fenômeno semelhante no campo político. Nossa sociedade está em constante metamorfose e, assim como pais indulgentes geraram filhos mimados, vejo uma “manada de mimadores” migrando para a política. No passado, os políticos eram cobrados por seus eleitores; promessas não cumpridas se transformavam em pressão popular, muitas vezes vinda daqueles que os haviam eleito.

Atualmente, a situação parece invertida: em vez de cobrar resultados, parte do eleitorado se comporta como um exército de defensores incondicionais. Quando um gestor não cumpre suas promessas, surgem comparações com administrações anteriores, como se a ineficiência passada justificasse a presente. Basta ver o cenário nacional: ao menor sinal de crítica a Lula, surgem defensores que ressuscitam Bolsonaro; em Correntina, quando se critica a atual gestão, as redes sociais são tomadas por apoiadores que respondem: “Maguila esteve aí 16 anos e não fez nada”.
A meu ver, essa atitude é extremamente nociva. Os “mimadores políticos” enfraquecem a democracia da mesma forma que pais permissivos prejudicam o desenvolvimento de seus filhos. Maguila, por exemplo, também teve seu grupo de defensores fiéis, prontos a calar qualquer crítica com a justificativa de que “o homem sabe o que faz”. Esse tipo de postura, que confunde admiração com obediência cega, impede ajustes de rumo e aperfeiçoamentos necessários.

Governar exige mais do que técnica: exige humanidade, diálogo e capacidade de ouvir críticas. A política é feita por pessoas e para pessoas, e uma administração que se baseia apenas em soluções técnicas, sem sensibilidade humana, está fadada a falhar.

Por isso, é fundamental compreender que a diferença entre o remédio e o veneno está, muitas vezes, apenas na dose. A defesa cega de líderes e partidos pode ser tão prejudicial quanto a falta de confiança total no sistema. O equilíbrio está em apoiar, mas também cobrar.
O problema Fred, é que isso é o resultado da polarização política, não são mimadores são torcedores, são verdadeiras torcidas organizadas. E são torcidas rivais, Direita vs Esquerda, então não são cobrados ou eleitos por suas propostas.