Publicado em 18/02/2025 às 20h03.

Foto da exposição.

Por Profª Isidora: Resistências femininas do Oeste da Bahia são retratadas por Conchita Silva em exposição no Museu da UFU.

A artista Conchita Silva, de Correntina (BA), integra a exposição “Mundo Meio Meu” com um painel de xilogravuras que retrata os rostos de 11 mulheres e discursos que ilustram a luta pela sobrevivência nos territórios do Oeste baiano.

Fotos: doofotografia.

A exposição Mundo Meio Meu é um projeto da curadora Priscila Rampin (MG) e reúne trabalhos das artistas Andrea Melo (RO), Andressa Boel (MG), Camila Sá (RO), Conchita Silva (BA), Gui Ocampo (RO), Ítala Isis (RJ), Maria Silper (RO) e Mariza Barbosa (MG). A partir de suas vivências acadêmicas, a professora Priscila conheceu as experiências de pesquisa e resistência dessas mulheres por meio da arte, levando à realização da mostra no Museu Universitário de Arte da Universidade Federal de Uberlândia (MUnA/UFU).

Em cartaz até 30 de março, a exposição traz rostos que estampam a luta das mulheres do Oeste da Bahia, com denúncias e falas de resistência sobre as dificuldades enfrentadas em seus territórios. Conchita Silva apresenta o trabalho “Desde a década de 70, prefiro…”, que aborda a luta pela água e pela terra, destacando mulheres que são vítimas dos conflitos territoriais e hídricos na região. Desde a década de 1970, comunidades tradicionais resistem ao avanço do monocultivo, que impacta seus modos de vida e compromete a manutenção de seus territórios.

Foto da exposição.

Para Conchita, “participar da exposição ‘Mundo Meio Meu’ é ocupar um espaço historicamente negado”. Além disso, destaca que “assim como o rio ocupa territórios, a população do Oeste da Bahia resiste e reivindica seu lugar”. O projeto se apresenta como uma denúncia e um ato de resistência por meio da arte, reivindicando espaço e protagonismo feminino na construção da história e na luta contra as injustiças sociais que afetam a região.

As mulheres do Oeste da Bahia desempenham um papel fundamental na defesa dos territórios e das águas. Por meio de sua arte, Conchita Silva denuncia as violências e os desafios enfrentados por essas comunidades, dando visibilidade às suas lutas e reafirmando sua resistência.

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