Publicado em 02/02/2025 às 15h15

 

Show de Laércio Correntina teve toque de “abertura” do Carnaval

Teoney Araújo Guerra*

Quem foi ao Ranchão no sábado (01/02) à noite, e assistiu ao show do cantor Laércio Correntina e Banda, certamente saiu de lá “no clima” do Carnaval. Sim. Porque a apresentação do cantor teve como ingrediente final, uma sequência de hits, indissociáveis da folia de Momo. Clássicos da Axé Music que são e sempre serão sucesso do Carnaval baiano.

O show, na minha avaliação, foi pra lá de ótimo – apesar de não ser crítico musical, não ter capacidade para fazer um julgamento assim. O repertório com muita MPB, músicas de raiz nordestina, um rock internacional, com direito a Pink Floyd, e no final, um pouco do que há de melhor na Axé Music, foi bom demais! E o que foi ainda melhor: Laércio e Banda fizeram todo o público cantar, acompanhar melodias com palmas ritmadas, ou repetir com eles os refrões de muitas das canções. Foi um dos shows com o público mais participativo que eu já assisti.

Mas não poderia ser diferente, se analisarmos o repertório, a qualidade dos músicos da banda que acompanhou o Laércio, e a sua própria capacidade; o seu talento como músico e cantor, que é indiscutível. A participação da cantora goiana, Soyla Stéter, deu um tom “especialíssimo” a uma “noite de gala”.

Arrisco-me a fazer uns breves comentários sobre os músicos que acompanharam Laércio Correntina na apresentação do sábado. Inicialmente, o guitarrista Emídio Queiroz, cuja habilidade, especialmente nos solos que fez em algumas músicas, já deu a ele muitos fãs, aqui na terrinha; eu mesmo, sou um deles. O “mágico” do acordeon, Mister Sky, é outro músico cuja qualidade valoriza qualquer show – seja ele, do mais importante astro da música -, e fez solos também brilhantes, especialmente nas músicas de raiz nordestina. Do mesmo quilate é o exímio baterista, Jáder Stéter. O percussionista, Matson Frejat, está no mesmo nível, é “top”. O violonista Vavá Alves, por ter tocado e composto com Geraldo Azevedo, um dos mais importantes compositores, músicos e cantores brasileiros, nem precisa de um comentário meu. E o baixista, meu primo, Rodrigo Araújo, que eu vi tocar num show assim, pela primeira vez, deixou em mim a impressão de ser do mesmo nível dos demais – tem condição de fazer carreia profissional na música.

O show no Ranchão, depois de um longo período em que o principal ponto turístico e cartão postal de Correntina ficou praticamente “abandonado”, trouxe em mim a sensação de que nós, correntinenses – e é claro, os turistas –, voltaremos a ter noites memoráveis nesta cidade que tem potencial para ser “turística, mesmo”, mas lhe falta o que é mais básico em qualquer cidade que pretenda se apresentar como “turística”: Vida Noturna.

Em resumo: o show de Laércio Correntina foi vibrante, e nos proporcionou uma noite maravilhosa; serviu como “abertura” do Carnaval; e deu essa esperança de que a “magia/presente na água doce” fará com que esta cidade realmente brilhe.

No parágrafo final, entre aspas, parte dos versos da música É D’oxum.
“Toda essa gente irradia magia
Presente na água doce
Presente n’água salgada
E toda cidade brilha”

*Teoney Araújo Guerra é Jornalista provisionado e Escritor

 

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