Publicado em 17/07/2023 às 15h37
Cervejas artesanais: novos sabores para o paladar santa-mariense
Durante a Festa da Agricultura Familiar em Correntina, a cervejaria Vale do Corrente propiciou, no seu estande, a degustação de três das suas receitas. A Coluna degustou, aprovou e indica essa experiência gustativa aos santa-marienses e visitantes da cidade irmã.
Mais escuras ou claras, com paladar mais adocicado ou mais amargo, com toques frutados e sabores diferenciados, as cervejas artesanais estão conquistando uma fatia cada vez maior no mercado de bebidas. Em especial, entre os apreciadores de cervejas e dos chopes.
Sentar-se em um barzinho que serve essas delícias e saborear as diversas opções que fazem parte do cardápio se torna uma verdadeira viagem gustativa. E os santa-marienses têm o privilégio de contar com um ambiente assim. É só ir à travessa Jovindo Pereira, nº 195, no centro da cidade, onde funciona a cervejaria Vale do Corrente e pedir o cardápio com as 19 opções.
Essa aventura pelos sabores pode começar, por exemplo, com um chope tipo alemão, o Rauch Beer, feito com malte defumado; um chope mais excêntrico. Depois, a degustação pode ter continuidade saboreando, por exemplo, um American Ipa, que tem um amargor mais alto, aroma e sabor cítrico.
As combinações são inúmeras, e a experiência gustativa pode durar horas, a depender da resistência do fígado do freguês, que pode escolher o que deseja saborear de uma forma excêntrica, como levando em conta um fator histórico ou cultural local. É só querer.
Pode, por exemplo, tomar um chope para relembrar as carrancas, que são uma marca da cultura não apenas do rio Corrente, mas também do velho Chico. Aí, é só pedir um chope Guarany. Que foi criado em homenagem ao mestre Guarany, um dos mais antigos carranqueiros – escultor de carrancas – do vale do Corrente – já falecido. É uma cerveja dry stout, que tem um tom escuro – que lembra o assombroso mundo dos maus espíritos, monstros -, de alta fermentação, com aroma de chocolate e “notas” de café.
Outra opção é a cerveja 1989, que homenageia a emancipação da antiga povoação de São Félix, localizada no outro lado do rio, hoje, São Félix do Coribe, um município. Cerveja golden bitter, de alta fermentação que é feita com lúpulo americano. Tem sabor refrescante com um pouco de amargor. O amargor simbolizando a separação – emancipação -, e a refrescância simbolizando a leveza da liberdade.
Há também a Gameleira, que foi inspirada nas árvores frondosas que, no Século XIX serviam de abrigo para os comerciantes locais na margem do rio Corrente. Uma blond ale de alta fermentação e sabor com frescor e suavidade, que relembram a história santa-mariense.
Outras cervejas e chopes têm também características simbólicas.
Mas há opções para todos os gostos, desde o chope tipo Viena Lager, o mais vendido; os que têm aroma e sabor cítricos, e os mais requintados. “Cada um combinando com o gosto, o comportamento e a personalidade do cliente”, como explica o proprietário da cervejaria, Agnelo Carvalho.
A cervejaria que desde 2018 oferece essas viagens pelos sabores está em fase de ampliação da sua capacidade de produção, de 600 para 900 litros por mês, e com equipamentos modernos, também melhorando cada vez mais a qualidade do que produz.
De acordo Agnelo, 80% das vendas são feitas no próprio estabelecimento, que já tem uma clientela fidelizada, e os 20% restantes são vendidos “para levar”.
A cervejaria já planeja também ampliar o seu mercado consumidor, e tem Bom Jesus da Lapa como destino.