Publicada em 31/01/2023 às 07h25
Texto do colunista correntinense ALOROF
O ano foi 1972. Não sei se no colo de minha mãe ou se a minha mãe a tira colo; eu cheguei ali mais em busca de estudo; e fui matriculado no Colégio Popular Oliveira Magalhães (o Colégio de Dona Rosa); meio a contra gosto mas, já não havia escolha até então.
Santa Maria da Vitória seria assim a minha solução escolar naquele ano. A princípio passei a chamá-la de Gerais porém, logo incorporado à minha turma do 4º ano ginasial; resolvi escrever o nome todo de Santa Maria da Vitória na perna direita da minha calça jeans, já que na perna esquerda tinha escrito antes o Alorof-72. Era moda escrevermos nas roupas, mensagens ou nomes; coisas daquela nossa adolescência.
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Então, o nome da cidade ocuparia demasiado espaço. Aí pensei logo no SAMAVI; aumentando a relação de nomes que eu havia criado, tais como Alorof, Mans, Henlacos, Hevans, Fanacos, Jobacassan, Amean e outros; para as pessoas do nosso gostoso convívio na adolescência entre Correntina e SAMAVI. Assim, eu desfilava com o SAMAVI exposto verticalmente em destaque, na calça da minha farda escolar; num tempo de muita ebulição política e social, pois vivíamos sob o regime militar; e nas cidades interioranas os anseios da juventude crescia (às vezes desordenadamente) mas sempre em busca do novo, do moderno ou de uma mudança.
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Boas recordações tenho eu dos amigos daquela época vivida em SAMAVI; o zelo e carinho da família Galhardo, Silvany e Renato; os nossos conterrâneos da família de Iozinho Costa; Dalton Oliveira, que em Correntina conhecíamos por Dai de Mário de Cabôco; mais os amigos Aroldo Teixeira, Belonísio Cruz, Flávio, um boêmio baterista e locutor; fregueses e amigos do Bar Santa Clara; Zé de Paula; além dos colegas do Colégio, tais como Arnaldo, Aninha, Núbia Laranjeira, João,Flamarion Costa (o FANACOS), Detinha ou às vezes Detona, Bionaldo… e mais Sandra Campos, Ana Célia; além da compreensão e carinho dos joviais professores como Tute e Artuzita, além de outros.
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Dessa forma despretensiosa, SAMAVI virou um topônimo dessa cidade irmã de Correntina, às margens do Rio Corrente; e eu só vim perceber a usualidade desse nome em 2014; quando passei por lá e vi escrito num muro, em uma propaganda eleitoral. Mais tarde, vi que a denominação SAMAVI já havia se espalhado pelo comércio e repartições públicas.
Hoje em dia, até São Félix do Coribe, na outra margem do Rio Corrente, e bem em frente a
SAMAVI, usa o topônimo SAFECO.