publicado em 17/08/2024 às 11h45

Por Antonio Rocha

As sete ilhas e os sete sonho pra Correntina.

Talvez sejam as Sete Ilhas, o cenário das sete maravilhas de Correntina, e uma das mais belas paisagens que Deus plantou no Oeste Baiano. O seu encanto me encanta. O canto das suas águas me embala e me faz sonhar, o sonho de uma Correntina maior, mais forte e imponente, tendo o Ranchão como cartão postal, situado na ilha central da cidade. A beleza de Correntina nos faz sonhar muitos sonhos… E a sua natureza nos inspira a perguntar: por que não tornar Correntina, ainda mais charmosa e atrativa do que é? Arriscar sonhar talvez seja o caminho pelo qual podemos nos libertar do complexo de Vira lata. Por isso sonho…

Eu sonho, em primeiro lugar, com o dia em que Correntina não seja apenas uma fonte de extração de riquezas pelo agro e pelas empresas internacionais, mas que o seu povo possa usufruir, em plenitude, do potencial econômico de sua terra. Sonho o sonho de uma justa distribuição de renda, amparada no devido cuidado para com as pessoas e a natureza. Sonho, consequentemente, com uma cidade cuja satisfação não se resuma à detenção de um potencial turístico invejável. Mais do que isto, sonho que a municipalidade implemente, efetivamente, planos e ações planejadas, por intermédio  de investimentos proporcionais às demandas da cidade. Investimentos enxutos e bem geridos, traduzidos em infraestrutura moderna suficiente para oferecer conforto e bem estar aos turistas.

O meu segundo Sonho, é o de uma Correntina capaz de usar, racional e inteligentemente, a produção de riquezas produzidas pelo agronegócio, principal explorador de suas terras. Quer na geração de emprego, quer no recolhimento de impostos, a correta aplicação dos recursos, é indispensável para que os investimentos sejam diretamente efetuados no município e na alavancagem da formação profissional dos jovens da região. Isto é, sem dúvida, sonhar com uma Correntina que saiba bem conjugar a atração de indústrias sem, todavia, comprometer a preservação ambiental. O compromisso de permitir aos jovens sonharem com emprego e educação gratuita e de qualidade no seu próprio município, deve ser imperativo ético político.

O meu terceiro sonho, é o de um município que seja gerido por gestores vocacionados à causa social e ambiental, capazes de descobrir fontes de recursos. Que possam, impreterivelmente, colocar a cidade no circuito do progresso e do desenvolvimento, regional como nacional, fazendo melhor proveito da generosidade da natureza sem, contudo, destruí-la. A cuidadosa preservação dos nossos mananciais e o zelo para que a água potável seja real e permanentemente própria para o consumo humano, é inegociável.

No meu quarto sonho, vislumbro uma gestão que saiba diversificar a sua economia, investindo nos médios e pequenos empresários, assim como nos micros e pequenos produtores ribeirinhos, sem negligenciar a realidade dos jovens que povoam as pontas de rua da nossa cidade. Penso numa Correntina que se apresente melhor, com um belo sorriso de boas vindas, através de elegantes portais, eventualmente construídos nas múltiplas entradas da cidade, causando assim melhor impressão àqueles que chegam para nos visitar.

Em quinto lugar vislumbro, em meu sonho, o desejo de eleger gestores que tenham coragem e sensibilidade, para promover tombamento de prédios, praças e outros símbolos, transformando a cidade antiga num belo centro histórico. Propiciando, desse modo, a preservação da memória cultural para as gerações vindouras da nossa cidade e da região. Caso este sonho se materialize, a cidade será alçada a um elevado  patamar, reafirmando a cultura e as tradições da população local.

No sexto lugar aspiro, nos meus sonhos, um turismo diversificado, abrindo-se para três vertentes: religioso, ecológico e urbano. É que, além do encanto que esse evento  causa a nós e aos visitantes, é, por si, auto-sustentável, quando bem desenvolvido, respeitando as leis, a ciência e os costumes.

E, por fim, elejo para o sétimo lugar o sonho de uma cidade que promova integração e comunicação entre as comunidades do município, entre a região e o país. Dessa forma, serão melhor desenvolvidas a circulação e a troca, não apenas de mercadoria, mas também da cultura, educação e outros valores das tradicionais experiências que a região nos proporciona.

31/07/2024. Antonio Rocha

4 COMENTÁRIOS

  1. Realmente Correntina é um palco de riquezas naturais, pena que estão sendo destruídas por falta de um gestor competente. Na orla as águas são transparentes, já nas sete ilhas as águas são escuras depois que se misturam com os esgotos da cidade.
    Em relação ao agro, simplesmente é o pai de Correntina, onde banca com mais da metade da renda do municipio. Simplesmente falta de verdade, é um gestor competente e responsável para impor limites na degradação do meio ambiente, acionando os órgãos competentes. E em relação à arrecadação dos impostos, falta responsabilidade na administração para direcionar para os seus devidos lugares.

    A idéia do autor do texto, é excelente, mas realmente é um sonho, que só será realidade, quando à população na sua maioria omissão, parar de eleger corrupto de mente retrógrada que só pensa no bem próprio.

  2. Texto excelente, só não entendi as fotos de lugares nada haver com Correntina.

    Agora uma opinião minha, olhando a política aqui na região da bacia do Corrente, nunca teremos empregos aqui, ninguém trás indústrias, polos técnicos, uma rede atacadista ou varejista, em nenhuma cidade dessa região, não há políticas públicas para o progresso na região. Em fim, ninguém cobra os políticos omissos dessa regiã, as pessoas preferem se apegar em Direita e Esquerda.

  3. Se os atuais políticos da cidade tivessem interesse no bem comum, com certeza poderiam avaliar as dicas e colocá-las em prática aos poucos, até que um dia todos os moradores pudessem viver em uma Correntina melhor. Tomara um dia o sonho seja real.

  4. Olhai.. que sonhos bons!
    Li e também dei uma lida nos comentários.. companheiros de Correntina.. aqui pra ficar bom nem precisa vir uma multinacional ou indústria de grande porte..
    Aqui bastaria legalizar algumas empresas existentes.. aqui temos fábrica de cachaça. Rapadura. Farinha, tapioca..mas …tudo ilegal! Aqui temos 250 mil cabeças de gado mas não se pode vender pra o município colocar nas escolas pra os alunos ter uma comida saudável. Aqui não tem um agricultor com um selo pra vender seus produtos.. então..??? precisamos de gestor que traga isso pras pessoas.! Ta faltando consciência e sobrando paciência! Parabéns Antônio pela iniciativa de falar…!

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