Publicado em 31/08/2024 às 06h40
O PASTOR DO RIO DAS ÉGUAS.
Quando eu morrer, que o meu coração seja plantado em Correntina. Esse foi o modo pelo qual o Reverendo manifestou seu desejo, a sua última vontade. Só você, André, foi capaz de se despojar tanto, por amor. Sim, porque quando Correntina era ainda um fim de linha, e quando por aqui não havia nada que informasse e formasse, você veio e tudo ou quase tudo se fez.
E assim você foi cuidando de nós, como uma mãe cuida de seus filhos. Visitou os enfermos, consolou os aflitos e se colocou, pacientemente, numa posição de ininterrupta escuta. Orientou a juventude e expulsou os nossos demônios de cada dia. Você amou tanto, que foi capaz de doar a própria vida, visando à multiplicação da vida de muitos. Expressou, inclusive, o desejo de que o seu corpo ficasse plantado no singelo barro de Correntina.
Oh, Grande Pastor, cuidador de pasto e, principalmente, de gente! Ciosamente alimentou a todos com o pão do céu e o manjar da terra. Como não amar quem nos amou primeiro? Um estrangeiro que não estranhou, mas que desestrangeirou-se somente para ficar conosco, vestindo a roupa cultural da nossa gente.
De fato, você verdadeiramente se transformou num agente, agente de transformação do chão e do povo, fazendo-se um de nós. Isto porque, novo, trouxesse o novo, ou um novo jeito de olhar a vida, o mundo e a cada irmão (a). O seu modo de ser, de agir e de se relacionar, levou-nos a outros patamares e saberes, sem menosprezar o nosso.
Bendito os pés que lhe conduziram até as margens desse rio, como bendita é a Capela que lhe acolheu. Afinal, só assim, podemos exaltar a Nossa Senhora da Glória, no cantar do seu Hino, muitas vezes cantado por você e pelos fiéis, que felizes louvavam a Santa no altar, onde a missa sempre foi rezada.
Oh, Sacerdote santo, de sacerdócio pleno e generoso, que acalmou a nossa alma, aliviou as nossas dores e aquietou os angustiados corações. A você, a nossa eterna gratidão e o nosso pleno reconhecimento, pelo bem espalhado em cada esquina e em cada roçado por onde passou. As suas marcas, ainda hoje inapagáveis, haverão sempre de testemunhar os seus ensinamentos e o seu amor pela igreja e pelo seu fundador, manifestados em cada um de nós e em todas as gerações que se deixaram tocar por você.
Fique conosco, continue conosco! Inspire-nos a acreditar sempre, a caminhar sempre e a esperançar sempre. Dê-nos o seu ânimo, o seu entusiasmo e o seu jeito de amar a igreja, no autêntico amor a Jesus Cristo, na pessoa das irmãs e dos irmãos.
Antonio Rocha. 16/08/24.
Verdadeiro pastor da a vida pelas ovelhas. Deus seja louvado, pois nos presenteou com um dos seus servos aqui em Correntina. Mesmo eu não sendo católico, como tantos outros, mas faço parte desta família, pois sou cristão, aprendemos a amar o padre André, suas obras materiais, como, maternidade, escolas, casas para os mais carentes, asilos dos velhos e tantos mais, mais também pelo amor que tinha por cada Alma. Pra ele que andou em cada canto desta região pregando as boas novas como um bom servo serve ao seu senhor. Eterno gratidão por tudo, monsenhor André. Muito obrigado por tudo que fez por nossa gente.
É de homens como este que o mundo, a sociedade, a igreja… precisam. Ele foi completo em seu trabalho de anunciar a Palavra de Deus. Viveu não só a fé, mas a colocou em prática por meio de suas obras, também ensinou que é possível com a fé praticar boas obras sociais. Foi e deixou o exemplo. Que esta reflexão ajude aos que têm cargos públicos seja na igreja ou na política a exercerem o bem comum.