Publicado em 08/05/2023 às 07h15

Colunista Teoney Guerra

Coluna: Fatos & Negócios

Situação vivida em Correntina é a mesma nos municípios circunvizinhos.

A pecuária de corte em Correntina vive um momento de grave crise, que praticamente paralisou os negócios de compra e venda de gado, especialmente nos últimos trinta e poucos dias.

Um declínio nos negócios, cíclico na pecuária, originado ainda no ano passado, foi agravado com a suspensão das exportações da carne brasileira, a partir do dia 23 de março, por causa do registro de um caso “isolado e atípico” do mal da vaca louca no Pará.

Dependente desses negócios, que, segundo estimativas, na fase boa, movimentam anualmente, algo em torno de R$ 30 milhões, a economia local sentiu o baque. As vendas no comércio caíram, influenciando de forma negativa, o desempenho de outros setores da vida local.

Não há, entre os comerciantes, uma opinião unanime sobre o quanto correspondeu essa queda nas vendas, mas é provável que fique em pelo menos 20%.

Porém, os estragos na própria pecuária, são bem maiores. A paralisação dos negócios com o gado resultou na queda do valor da arroba do gado “em pé”. A arroba do novilho, que antes dessa crise valia cerca de R$ 400,00, baixou para algo em torno de R$ 280,00. O boi, cuja arroba era comercializada em R$ 320,00, caiu para até R$ 215,00.

Com os preços assim em queda, não faltaram vítimas. Muitos negociantes que atuam na compra e revenda de novilhos e bezerros que haviam comprado lotes consideráveis de animais foram surpreendidos com essa queda abrupta, e tiveram prejuízos enormes. “Tem comprador que está praticamente quebrado, não sabe o que fazer para pagar as dívidas”, diz Arnaldo Pereira de Matos, mais conhecido como Arnaldim Dias, um pecuarista e negociante de gado.

Um dos maiores empresários do setor, que também negocia com a compra e revenda de gado, Marcelo Cláudio Coimbra da Rocha, mais conhecido com Dr. Marcelo ou Marcelão, salienta que essa queda nos preços tem também um componente externo, a ação do cartel dos grandes frigoríficos, que, “aproveitando o excesso do produto, jogam para baixo os preços [de compra], sob a alegação de estarem recuperando perdas acumuladas no período da pandemia”.

O pecuarista lamenta que “essa crise atinge mais fortemente os pequenos criadores, aqueles que têm 20, 30 reses, e dependem fundamentalmente da venda do seu gadinho na hora da necessidade [financeira]. Eles são quase 80% do total dos pecuaristas no município”, afirma. E salienta que, nos demais municípios circunvizinhos, a situação é a mesma. É o caso de Santa Maria da Vitória, Jaborandi, Coribe e Cocos, entre outros.

Resta, então, torcer para que a retomada das exportações, que já foram autorizadas pela China e outros países que impuseram o embargo à carne nacional, se dê imediatamente, para, assim, amenizar os danos causados por essa crise, que, por ser cíclica, pode perdurar por alguns meses.

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VACINAÇÃO CONTRA A AFTOSA

Teve início no dia 1º de maio, a 1ª etapa da vacinação contra a febre aftosa de 2023 em todo o estado da Bahia.

Bovinos e bubalinos de todas as idades devem ser vacinados, sem restrição.

Após a vacinação, o dono do rebanho deve declarar a vacinação no escritório da ADAB do seu município e aproveitar para geolocalizar a sua propriedade.
A meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) é atingir 100% de cobertura vacinal, alcançando as R$ 12,5 milhões de cabeças que compõem o Pecuária enfrenta mais uma fase de maus negócios no Estado.

A campanha termina no dia 31 deste mês.

3 COMENTÁRIOS

  1. KRA, O KI EU KERO SALIENTAR E Q A ENTRADA DE TONY NESSE JORNAL, MELHOROU MUITO! SAIU DAKELA FLA X FLU, KI SO FALAVA EM SUA QUASE Q TOTAL MATERIAS MAL DO GOVERNO MUNICIPAL… MAIS ESTA FICANDO OTIMO, BOM PRA LER TODOS OS DIAS, TOMARA Q APAREÇA PESSOAS INTERESSADAS EM ESCREVER MAIS PRA ESSE JORNAL.

    • Bom dia Elson, fico feliz por ter gostado, e a cada dia melhoramos mais. Realmente o fla x flu é cansativo.
      Esperamos que mais correntinenses se interessam em escrever e dar uma contribuição.
      Sabemos que nossa cidade é de muita gente que ama a arte de escrever e já está feito o convite.

      Mais uma vez valeu Elsão pela contribuição.

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