Publicado em 18/03/2025 às 07h33.

Teoney Araújo Guerra*: Serviço de água de Correntina está à beira do colapso.
Dependendo de um investimento milionário que possa melhorar os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) de Correntina funciona hoje à beira do colapso.

Essa situação crítica deve-se a problemas existentes especialmente na captação e na distribuição, que têm equipamentos velhos e desgastados, até com três décadas de uso. O sistema de bombeamento da água, por exemplo, tem uma vazão média de 230 a 240 m3/hora, mas, em certos períodos essa vazão já não atende à demanda. E o armazenamento, cuja capacidade não nos foi informada, é também insuficiente, de acordo com uma fonte que falou conosco sob sigilo. A distribuição, de acordo com a mesma fonte, funciona “no limite”.

De acordo com o que foi possível apurar, ficou claro que o conjunto elétrico que fornece a energia aos sistemas de captação e distribuição é, por vezes, deficiente, uma vez que, para funcionar bem, ele depende de uma carga de 380 watt-hora (Wh), mas, há horários em que tem que funcionar com carga de apenas 320 ou 340 watt-hora (Wh).

No segundo semestre, principalmente nos meses mais quentes: agosto, setembro e outubro, todo o sistema funciona acima “do limite” em vários horários – com o consumo muito acima do que é captado. Isso se dá, principalmente, porque a água que é distribuída para várias localidades e povoados, como Silvânia, Barreiro Vermelho, e o Matão – entre outros – e deveria ser ofertada exclusivamente para o consumo humano, é “desviada” para regar plantios de pequenas propriedades e dar de beber ao gado.

A localização do ponto de captação da água, em local dentro da cidade – sendo que, acima dela, já há residências que jogam as águas depois de usadas, que podem estar caindo no rio – é outro ponto crítico, e para ser resolvido, tem que ser transferido para outro local, rio acima.



O setor menos problemático é o de tratamento da água, que, apesar de funcionar com uma estação já antiga, ainda garante à população correntinense uma água de boa qualidade, dentro dos padrões exigidos pelos órgãos de controle, garante Cristiano Magalhães, o engenheiro químico responsável. Ainda de acordo com o responsável, neste período de chuvas, a água servida nas torneiras apresenta uma alteração na turbidez e na cor, “mas não é algo que venha a comprometer a sua qualidade”, garante. O engenheiro químico disse ser necessário a construção de uma “Estação Convencional” para substituir a atual, que é de “Filtração Ascendente” – ultrapassada. Cristiano informou ainda, que, na gestão passada, chegou a ser feita uma licitação visando a construção da nova estação, mas, uma denúncia “sem sentido” feita ao Ministério Público Estadual (MPE) impediu a escolha da empresa que realizaria a obra. A prefeitura havia disponibilizado R$ 5 milhões para o investimento, que está parado, aguardando a decisão do MPE.

Uma coisa é certa: é necessário que se realize investimentos urgentes em todo o sistema, para evitar uma “pane geral”.

DÉFICITÁRIO – Além dos problemas técnicos, o SAAE enfrenta também um problema financeiro: é deficitário. Pelo que nos foi informado por um dos seus ex-gestores, o órgão funciona com um déficit anual em torno de R$ 500 mil reais, que é coberto por dinheiro público, do contribuinte. E embora tenha sido constituído em junho de 1965 – quando a Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) o repassou ao Município – como uma “autarquia”: um órgão do Município, porém, autônomo, o SAAE, na realidade, nunca foi “autônomo”, sempre dependeu de recursos da Prefeitura. No Orçamento deste ano, por exemplo, consta a despesa da sua Folha de Pagamento, que é estimada em R$ 3.752.793,00. Além disso, o SAAE não cumpre uma das suas principais atribuições, que é ser responsável também pelo saneamento básico no município. “É uma empresa que cuida somente do abastecimento de água”, como nos foi revelado por um ex-gestor” que preferiu não ter o seu nome divulgado.


São muitos os problemas, e graves, cuja solução depende de investimentos que precisam ser feitos com urgência. Uma das nossas fontes não soube precisar o valor exato que tem que ser investido para debelar essa situação caótica em que o SAAE se encontra, mas disse acreditar que não deve ser menos do que algumas dezenas de milhões de reais.
Outro ex-gestor que conhece bem a realidade do órgão, opina que só é possível resolver essas graves deficiências, obtendo um recurso “alto” com o Estado do Bahia ou o governo federal. Mas, com tantos problemas, tão graves e sem perspectiva de solução, que colocam o fornecimento de água da cidade à beira do colapso, é de se perguntar: por que não se discutir o repasse da concessão desse serviço para a Empresa Baiana de Água e Saneamento (EMBASA), que tem mais condições de solucioná-los, fazer o investimento necessário e melhor administrá-lo?

Pois bem, já fiz essa pergunta o porque o SAAE que presta esse serviços aqui? Se em Barreiras e em Santana é a EMBASA. Mais como a SAAE está sobre o comanda prefeitura, o por que da prefeitura não privatiza esse serviço? Se na zona urbana já está ruim, imagina como é péssimo na zona rural.
É VERGONHOSA A SITUAÇÃO. NOSSOS POLÍTICOS, EM CAMPANHA, FALAM EM PRIORIZAR: A SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
PORÉM, ELEITOS, ESQUECEM DAS PRIORIDADES. AÍ, A POPULAÇÃO QUE OS ELEGERAM, SOFRE AS CONSEQUÊNCIAS! ONDE ESTÃO OS VEREADORES, O MINISTÉRIO PÚBLICO ETC. CHEGA SER REVOLTANTE ESSA SITUAÇÃO. ACORDA POPULAÇÃO CORRENTINENSE, FORMA UMA FRENTE POPULAR E EXIJA DESSAS AUTORIDADES PROVIDÊNCIAS URGENTÍSSIMAS PARA A SOLUÇÃO NÃO SOMENTE DESTE PROBLEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, MÁS DE TODOS OS PROBLEMAS, PROMESSAS DE CAMPANHA.
Todos os setores em Correntina, foram recebidos pela nova gestão em estado precário, 16 anos de retrocesso, implantado por um grupo ditador que só age de acordo com as suas convicções, fazendo vistas graças na previsão legal.
Correntina é um Município rico, o agro e a pecuária a fortalece grandiosamente que lhe classifica numa das melhores posições no Estado, arrecadando milhões e se tivesse um gestor de excelência, este Município não estava passando por essa situação de calamidade administrativa comprovada em decreto pela nova gestão. A principal característica de uma boa ação administrativa é enxugar a máquina pública, cortando gastos desnecessários, contratar por mérito sem manipulação, visando o interesse público que sempre sobrepõe ao privado, fazendo uma administração ímpar de acordo os princípios da administração pública, como manda a CF no seu artigo 37.
O problema anterior e que reflete até hoje em Correntina, foram atitudes contraditórios dos três podres ” com exceção”, mas transpareceu um monopólio que só visaram os benefícios próprios, saqueando o erário publico e esqueceram das verdadeiras obrigações diante da impunidade, quem deveria punir os autores das ações errôneas, faziam parte do complô, é o que transparecia diante das ações retrógradas, onde malfeitores com provas cabal eram absolvidos através de sentenças suspeitas. E foi assim que o suor do povo foi pro ralo da corrupção.
O Município é rico e tem como reverter até mesmo com a renda do Município está questão da água e com o auxílio do Estado a questão do esgoto que tem que ser feito, não é possível, em pleno século XXI , ainda os esgotos são jogados dentro dos Rios de uma cidade turística.
Tudo mudou na direção em 2025, resta agora a nova gestão colocar em prática todos os mandamentos legais e reverter essa situação retrógrada para uma atualidade promissora e evolutiva, dinheiro tem, somente agir com responsabilidade que tudo dará certo e o povo reconhecerá nas urnas. Isto é o que espero da sociedade correntinense, votar sem se vender e que os políticos se candidatem e sejam eleitos sem comprarem votos, apenas exibindo o caráter e mostrando o que fez de bom e útil para a sociedade, sempre respeitando o princípio da dignidade humana.
Esso é o que este colunista sonha para minha cidade natal.
Estou no DF concluindo meu curso de “DIREITO”, com o intuito de fazer justiça social e fiscalizar, denunciar e punir autoridades contraventores.
Somente educação e trabalho honesto para libertar e dignificar o ser humano.
Unidos pelo bem, seremos mais fortes.
Boa tarde pessoas.
Vamos ao que interessa: Captar, Decantar, Tratar, Elevar e Distrubuir água, numa cidade e parte do município (onde ainda há encanação do tempo de Major Félix) não é uma atividade simples, muito menos barata.
Já fizemos essa discussão com algumas pessoas e as conclusões preliminares (sujeitas a chuvas e trovoadas) são as seguintes:
a) Fazer o sistema de distribuição de água tratada em Correntina não é tarefa barata;
b) O município de Correntina não tem dinheiro para fazer isso. Se fizer qualquer coisa, é algo falsário;
c) O último recurso federal de maior porte recebido pelo município de Correntina foi exatamente o calçamento do Riacho Vermelho, ainda no ano de 2003.
O item “c” talvez seja o “X” da questão.
Por que o município de Correntina não recebe emendas de bancada ou transferências involuntárias de grande porte??? Porque deve ao IMUPRE. E deve quanto ao IMUPRE? Mais de 200 milhões. E por que não paga o município não paga o IMUPRE? Aí já teremos que perguntar aos administradores.
Mas, somente esse ano, caso a prefeitura tenha algum interesse em desenvolver o município, ela pode pagar metade dessa dívida.
O município de Correntina vai operar com 428 milhões de reais.
Considerando que a dívida é 200 milhões, e considerando que o município tenha vontade de pagar e faça uma renegociação aí de 4 parcelas de 50 milhões, ao terminar esse mandato, estará liquidada a dívida, e o município já pode, a partir de agora, acessar os recursos federais, através dos ministérios da Saúde, Integração Nacional (Codevasf), entre outros.
Aí sim, a cidade vira um canteiro de obras: Estação de captação; Estação de Decantação; Estação de Tratamento; Elevatórias; Adutoras de Distribuição. Tudo isso gera muito mais que 4 anos de emprego direto.
Imaginem várias estações de tratamento de Esgoto, para o povo abaixo da cidade não mais tomar água aditivada com o Piscinão de Merda?
Isso geraria mais 4 anos de pleno emprego, mais saúde, menor fila no hospital, credibilidade no serviço público, enfim.
Só precisa o atual gestor querer. Os outros preferiram mentir para o povo.
Iremos, não é só comprometer o orçamento do município para pagar essa dívida, e se dividir não é apenas 4 vezes de 50 milhões, vamos somar as taxas e os juros também. Falta diálogo para ir atrás de emendas. Por fim, não é apenas reclamar da gestão anterior, como faz nosso colega Gilson Magalhães, é preciso ter uma proposta de intervenção, não adianta reclamar se não tiver um plano para resolver esse e outros problemas que tem no município.