Publicado em  25/03/2024 às 09h29

A crítica feita por este jornal a segmentos da sociedade correntinense, em razão da pequena quantidade de pessoas que compareceram para prestigiar na quinta-feira, dia 21, ao lançamento do livro “Falo de Amor a Esses Ouvidos Moucos”, do jornalista, escritor, poeta e historiador Hélverton Baiano, o nosso querido Valnir de Vercin, incentivou-me a escrever estas linhas. Para solidarizar-me à crítica que foi feita, e assim, tornar também minha a crítica.

Antes, porém, quero esclarecer que na sexta-feira, conversando com algumas pessoas próximas sobre o lançamento da obra, ouvi de duas delas, que não sabiam do evento. Acho necessário fazer ressalva. E feita, retomo ao que pretendo falar.

Para quem possa não ter conhecimento, Valnir é um escritor e poeta reconhecido no meio cultural do estado de Goiás; premiado várias vezes, e com participação em dezenas de antologias que reuniram importantes escritores daquele estado.

A vinda de Valnir a Correntina mais uma vez, para lançar mais uma de suas obras, deve-se única e exclusivamente ao amor e carinho que ele sente por esta que é também a sua terra natal. O carinho que Valnir sente pelo povo de Correntina é algo especial, e merecedor de elogios e reconhecimento.

E não digo isso por dizer; pela amizade que nos une. Não. Esse carinho que ele sente por Correntina e seu povo está demonstrado, de forma escrita. Está nos seus livros, comprovado!

Além de contar a história do nosso município, no importante livro “História de Correntina”, que foi lançado em 1996, que teve uma edição atualizada em 2006, ele vem resgatando nos seus livros, muito das nossas tradições, dos costumes, dos hábitos e expressões típicas de Correntina. Algumas expressões que são “de antigamente”, de quando “se amarrava cachorro com linguiça”, em desuso, já quase em “extinção” do vocabulário atual. Sua obra está repleta de “causos” ocorridos na nossa cidade, nos quais ele cita, inclusive, os nomes dos protagonistas. É um pouco da nossa história sendo contada em cada conto que ele escreve, e a cada livro que ele lança.

Por residir dede os 15 anos de idade em Goiânia, Valnir tem também resgatado nos seus contos e livros, “causos” e expressões do interior de Goiás. E ao resgatar, na sua obra, essas expressões antigas e típicas daqui de Correntina e do interior goiano, o escritor Hélverton Valnir tem criado um vocabulário, um linguajar próprio – que o leitor mais atento identifica como sendo exclusiva dele -, o que lhe confere uma característica que poucos grandes escritores brasileiros tiveram ou têm. Característica que era própria de Jorge Amado, Machado de Assis e Guimarães Rosa, por exemplo.

Apesar de ainda não ter sido revelado para o mercado editorial brasileiro – não ser ainda um escritor com renome nacional -, o que mais dia, menos dia, ocorrerá, Valnir é um escritor e poeta diferenciado. Um correntinense ilustre, que está levando o nome da nossa terra para onde os seus livros são lidos.

Por tudo isso, sua presença na nossa cidade deve ser motivo de orgulho para todos nós, ele merece ser, sim, reverenciado.

Finalizando e “arremedando” o título de seu livro, só espero não estar falando a [esses] ouvidos moucos.

2 COMENTÁRIOS

  1. Meus caros Tony e Valnir,

    Realmente não soube desse prestigiado evento, pois se soubesse tempestivamente estaria ocupando uma das cadeiras para enaltecer e prestigiar esse gigante das letras que é Valnir que embora o conheça há vários anos, mas não tenho a proximidade ou intimidade que gostaria de tê-la.

    Desnecessário é falar que com raríssimas e honrosas exceções o nosso povo não é chegado e eventos desse jaez. Se fosse uma “fuzarca política” ou de “futebol”, o local era pequeno para a plateia que lamentavelmente ainda vive de pão e circo.

    Minhas desculpas pela ausência e sucessos sem limites em suas escritas!

  2. Valnir Escritor e Poeta, amigo de infância que tem a minha admiração, desde ao meu retorno a Cidade Carícia participei de todos seus lançamentos de seus livros nesta Cidade, à última foi em frente a Casa de Louro, onde tive a felicidade de adquirir mais um exemplar. Lamento não estar presente na Casa da Cultura, também acho que faltou divulgação ao nível de seu merecimento pelo organizadores do evento.

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